Você já considerou apoiar o jornalismo independente? Estamos aqui tentando levantar um projeto do zero, sem apoio de fundações ou empresas. Junte-se a nós. Custa R$ 0,60 centavos por dia.Um documento interno produzido pelo Comando de Operações Terrestres do Exército foi editado este ano para escantear o Tribunal Superior Eleitoral no dia da votação no que se refere a dúvidas da população sobre o pleito eleitoral. 🧾 Que documento é esse? Um documento preparatório de acesso restrito. Um conjunto de diretrizes produzido pelo COTER, como esse Comando é conhecido. Essas diretrizes são usado em todas as eleições para estabelecer as regras do uso das tropas nos dias de votação. ⁉️ Peraí, Exército nas eleições? Sim, o Exército tradicionalmente dá apoio logístico e de segurança à votação nas ruas e atua, sob ordem do juíz eleitoral, em casos como boca de urna, agressões, insultos, apoio ao trânsito, escolta de urnas, proteção dos locais de votação e outros. ✍️ O que muda: Este ano, o documento foi alterado na parte que orienta sobre o que fazer quando a população requerer informações sobre as eleições aos militares que estiverem nas ruas. Antes, os militares deveriam “orientar o público a buscar informações na Seção Eleitoral”. O trecho foi revogado e substituído por “orientar o público a buscar informações junto aos Elem de Com designados pelo Cmt Cj”.
Na prática, o Exército escanteou o juíz eleitoral e concentrou a orientação da população sobre “assuntos correlatos à eleição” a si próprio, sem previsão legal para isso. Defesa com a ImprensaO documento tem outra alteração importante, complementar a essa: o trato com a imprensa passa a ser coordenado pelo Ministério da Defesa, hoje nas mãos do ministro Paulo Sérgio Nogueira, ex-Comandante do Exército e um dos principais defensores de um plano de "fiscalização anti-fraude” das eleições – a tal da contagem paralela feita pelos militares. Cada organização militar destacará alguns integrantes para serem "capacitados" sobre esse assunto (não se sabe como e nem por quem). Esses militares irão formar células (os tais Elementos de Comunicação Social) que, por sua vez, estarão coligadas a outras células da mesma natureza no escalão superior do próprio Exército e também no Ministério da Defesa. Na práticaUm cidadão questiona um soldado na rua no dia da votação. Faz uma pergunta qualquer sobre o processo eleitoral. Antes, os militares eram orientados e não responder nada, pedindo ao cidadão que procurasse um presidente de mesa, o juíz eleitoral ou alguém do TSE. Com a nova diretriz, um militar levará essa dúvida (via rádio ou zap) ao pessoal "capacitado" e aguardará orientações. O pessoal "capacitado", por sua vez, poderá repassar a dúvida até chegar ao Ministério da Defesa e aguardar a resposta, pra então orientar o cidadão. Isso não é papel das Forças Armadas. A "capacitação" de pessoal foi feita às pressas na sexta-feira passada, justamente nos dias em que o Exército anunciou internamenta que atuaria como “validador” das Eleições – como publiquei aqui. Toda essa movimentação está sendo feito sem nenhuma transparência pública. Assista ao vídeo sobre a “validação” das eleições: Você já considerou apoiar o jornalismo independente? Estamos aqui tentando levantar um projeto do zero, sem apoio de fundações ou empresas. Junte-se a nós. Custa R$ 0,60 centavos por dia. |
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