domingo, 22 de fevereiro de 2009

EUROPA E OS PARAÍSOS FISCAIS

Europa levanta pesada crítica a paraíso fiscal.

Merkel e Sarkozy assinam o documento

Governantes europeus reunidos em Berlim, neste domingo, apoiaram a supervisão de todos os mercados financeiros, incluindo a atuação de fundos de hedge, e querem sanções contra paraísos fiscais, de acordo com um comunicado da reunião obtido, com exclusividade, pela agência inglesa de notícias Reuters.

O resumo da nota do encontro organizado pela chanceler alemã, Angela Merkel, descreve a situação dos mercados financeiros como "perigosa" e vê a necessidade de reformas estruturais e de os países focarem nos gastos públicos como forma de saírem mais forte da crise global.

"Nós salientamos hoje mais uma vez a nossa convicção de que todos os mercados financeiros, produtos e seus participantes devem ser objeto de supervição e regulação, sem exceção, não importa o país" afirmou o comunicado.

Déficit nos EUA

Ainda neste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que pretende usar seu primeiro orçamento, que deve ser apresentado na próxima semana, para colocar o país na direção de um corte pela metade de seu déficit até 2013, afirmou no sábado uma autoridade.

– O déficit que essa administração herdou é de US$ 1,3 trilhão, ou 9,2% do PIB. Até 2013, final do primeiro mandato do presidente, o orçamento corta o déficit para US$ 533 bilhões, ou 3% do PIB. A maior parte da economia virá de reduções com a guerra no Iraque, maior imposto de renda para aqueles que ganham mais de US$ 250 mil por ano e economias resultantes de tornar o trabalho do governo mais eficiente e da eliminação de programas que não funcionam – afirmou a autoridade, que pediu anonimato.

A administração de Obama deve apresentar o esboço de seu primeiro orçamento na quinta-feira, para o ano fiscal 2010. Ele vai refletir grandes aumentos em gastos com obras públicas que faziam parte do plano de recuperação econômica de 787 bilhões de dólares que Obama assinou nesta semana.

– Com o tempo, o déficil do orçamento dificultará o crescimento de nossa economia e a criação de empregos. É por isso que o orçamento do presidente para o ano fiscal de 2010 nos coloca no caminho para cortar o déficit que ele herdou em 20 de janeiro de 2009 pela metade até o final de seu primeiro mandato – disse a autoridade à Reuters.

Mais cedo, no sábado, Obama ordenou que o Tesouro inicie a implementação dos cortes de impostos para 95% dos norte-americanos, cumprindo uma promessa de campanha que ele espera venha a ajudar na saída da economia da recessão. Os cortes de impostos são parte do pacote de estímulo de US$ 787 bilhões aprovado pelo Congresso, controlado pelos democratas. O objetivo é colocar mais dinheiro no bolso dos consumidores e estimular a economia pelo aumento de seus gastos.
Fonte: Jornal Correio do Brasil.

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