sexta-feira, 29 de agosto de 2014

POLÍTICA - Aécio continua apostando que seus interlocutores são idiotas.


O candidato da coligação conservadora PSDB-DEM ao Planalto, senador Aécio Neves continua com essa aposta maluca, de que seus interlocutores são idiotas. Mirou um rumo para a sua campanha e aposta que ninguém percebe seu jogo. Ele critica a candidata do PSB, ex-senadora Marina Silva,  por falta de propostas mas não apresenta as suas, nem diz quando as apresentará – se é que tem.
E aí, tome promessas e acenos vagos e irresponsáveis. Ele não diz quanto será o superávit caso se eleja e qual reforma tributária
proporá. Foge nessa questão da reforma, falando em simplificação de tributos – mais impreciso impossível. Quando trata das  despesas que cortará de novo parte para generalidades, quando todo mundo sabe que elas serão nos gastos e investimentos públicos, nas despesas com os programas sociais e que levariam, se ele se elegesse, à brutal recessão, com desemprego, queda da renda e maior flagelo social.

Limita-se a dizer que cortará as despesas supérfluas!!! Detalhar, mesmo, “as medidas impopulares e duras” (a recessão) que ele promete a adotar em reuniões fechadas, para pequenos públicos, nem pensar…Mas ele se supera mesmo quando diz que pego embriagado e sem habilitação para dirigir, agiu como um cidadão comum: não fez o teste do bafômetro e passou a direção para um terceiro…


Mas melhor que essa mesmo é a sua defesa do aeroporto que mandou construir com dinheiro público nas terras  da  sua família, em Cláudio (MG), na fazenda de um tio-avô e a 6 km de sua Fazenda da Mata, no mesmo município. Na sabatina de que participou, ontem, no jornal O Estado de S.Paulo, colocaram-lhe se isso não é um problema “moral” e ele repetiu: “foi uma obra  correta, planejada e feita para beneficiar a população daquela região”. Vocês já ouviram essa mesma explicação antes?
O candidato tucano, que anda meio desesperado pela queda nas pesquisas (foi para o 3º lugar desbancado em todas as pesquisas pela candidata Marina Silva). Ele cobra responsabilidade fiscal do PT e do governo da presidenta Dilma Rousseff, mas em campanha todo dia aumenta as despesas com suas promessas de bônus e aumentos de benefícios para estudantes, professores, aposentados e outros.
Aliás, nesse quesito despesas/aumento de gastos, disputa com Marina, que nos últimos dias vem prometendo aumentar os gastos de saúde para 10% do PIB. Perceberam que há uma disputa aí sobre qual dos dois, eventualmente eleito, gastará mais? Haja demagogia!


E ainda temos que ouvir e ler o futuro “ministro da Fazenda’ anunciado pelo Aécio para seu hipotético governo, Armínio Fraga, pontificar sobre as virtudes do tucanato e as mentiras do PT. Assim, com frases de efeito e ironias o candidato do PSDB tenta esconder que até em seu Estado, Minas Gerais, ele despencou nas pesquisas eleitorais e está agora empatado com a presidenta Dilma.
É só conferir no IBOPE divulgada anteontem: ele está agora em empate técnico com a presidenta Dilma: ele 34%, Dilma 31% e Marina 20% no Estado. Despencou. No levantamento divulgado pelo IBOPE em 1º de agosto, ainda com Eduardo Campos na disputa, o senador tinha 41% das intenções de voto, contra 31% de Dilma e 5% de Campos.
Por que o desespero do senador candidato, ainda com 38 dias de campanha pela frente? É que Minas é o 2º maior colégio eleitoral do país, com 10,7% dos votos nacionais. É pelo peso desse colégio eleitoral que uma vitória folgada em Minas poderia dar-lhe esperança de chegar ao 2º turno, porque compensaria suas dificuldades em outros Estados.
Mas já há mineiro até na cúpula tucana admitindo ser difícil Aécio reverter o quadro no Estado. Para driblar Marina e chegar ao 2º turno, Aécio precisaria cerca de 3 milhões de votos a mais do que o 2º colocado em Minas. Teria que estar perto de 50% das intenções de voto. Mas eles, também ali, evaporaram-se.

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