A crise bate às portas das casas dos
trabalhadores com demissões na Volks (800), na Mercedes (260) bem como
em obras da Petrobrás como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro -
Comperj (CPPL demitiu 200, TUC demitiu 100, Alusa mais 500
trabalhadores) e os Estaleiros Rio Grande (Engevix), no Rio Grande do
Sul, o Enseada de Paraguaçu (OAS, UTC Engenharia, Odebrecht e Kawasaki),
na Bahia, juntos, já demitiram ao menos 4000 trabalhadores desde
novembro de 2013 (entrega do casco da Plataforma em Outubro), e a Iesa
Petróleo e Gás (Montagem de módulos de plataformas de Petróleo), também
do RS (Charqueadas) ameaçou demitir mil trabalhadores. Neste último caso
o Ministério Público do Trabalho, pela Vara de São Jerônimo, acionou a
empresa na Justiça buscando impedir as demissões.
Assim, enquanto os trabalhadores são
demitidos e os projetos e obras da Petrobrás perdem o ritmo, o
ex-diretor da área internacional, um dos acusados de participar do
esquema de corrupção na Petrobrás, vai passear e curtir férias na
Europa, bem longe da crise que atinge as famílias de muitos
trabalhadores e bem longe do alcance da Justiça brasileira. Que Justiça é
essa?
É fundamental que a Petrobrás impeça
todas as demissões a fim de garantir o andamento das obras e o
fortalecimento dos trabalhadores e da Petrobrás. Queremos que o governo
facilite o acesso ao auxílio desemprego e crie regras restringindo o
financiamento às empresas que demitem ao primeiro sinal de diminuição de
suas margens de lucro. E, contraditoriamente, os governos aumentam os
preços dos transportes públicos justo no momento em que menos o
trabalhador tem condições de pagar e que mais necessita para buscar novo
emprego.
Este quadro montado para proteger
banqueiros, empreiteiros e empresários, em prejuízo dos trabalhadores
tem que mudar, mas é agravado quando o governo não reage e ainda propõe
medidas e ações para diminuir direitos dos trabalhadores no pagamento de
aposentadorias e pensões.
As empreiteiras que roubaram a Petrobrás
junto com políticos, diretores e gerentes, agora querem colocar a conta
da corrupção nas costas dos trabalhadores. Para piorar, o governo
diminuiu direitos de seguro-desemprego e, assim, os corruptos demitem e o
governo deixa os trabalhadores na rua da amargura. Trabalhadores estes
que, em sua maioria, depositaram sua confiança reelegendo o governo
tanto para garantir o emprego quanto para lutar contra a corrupção e
recebem como resposta a perda de seus empregos e, diretamente, pagam
pela corrupção dos ricos.
Só com a volta do monopólio do petróleo e
com uma Petrobrás 100% estatal, controlada pelos trabalhadores e a
serviço do conjunto da população este cenário imoral e injusto, poderá
ser mudado.
Toda solidariedade aos demitidos do
Comperj, dos Estaleiros que servem à Petrobras, da Volks e da Mercedes. A
classe dará sua resposta aos ataques mais agudos que agora sofre.
Que o governo use o Fundo Garantidor, criado para este fim, garantindo a estabilidade no emprego ao conjunto dos trabalhadores.
Fonte: SINDIPETRO/RJ
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