quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

POLÍTICA - O trabalhador paga a conta.


A crise bate às portas das casas dos trabalhadores com demissões na Volks (800), na Mercedes (260) bem como em obras da Petrobrás como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj (CPPL demitiu 200, TUC demitiu 100, Alusa mais 500 trabalhadores) e os Estaleiros Rio Grande (Engevix), no Rio Grande do Sul, o Enseada de Paraguaçu (OAS, UTC Engenharia, Odebrecht e Kawasaki), na Bahia, juntos, já demitiram ao menos 4000 trabalhadores desde novembro de 2013 (entrega do casco da Plataforma em Outubro), e a Iesa Petróleo e Gás (Montagem de módulos de plataformas de Petróleo), também do RS (Charqueadas) ameaçou demitir mil trabalhadores. Neste último caso o Ministério Público do Trabalho, pela Vara de São Jerônimo, acionou a empresa na Justiça buscando impedir as demissões.
Assim, enquanto os trabalhadores são demitidos e os projetos e obras da Petrobrás perdem o ritmo, o ex-diretor da área internacional, um dos acusados de participar do esquema de corrupção na Petrobrás, vai passear e curtir férias na Europa, bem longe da crise que atinge as famílias de muitos trabalhadores e bem longe do alcance da Justiça brasileira. Que Justiça é essa?

É fundamental que a Petrobrás impeça todas as demissões a fim de garantir o andamento das obras e o fortalecimento dos trabalhadores e da Petrobrás. Queremos que o governo facilite o acesso ao auxílio desemprego e crie regras restringindo o financiamento às empresas que demitem ao primeiro sinal de diminuição de suas margens de lucro. E, contraditoriamente, os governos aumentam os preços dos transportes públicos justo no momento em que menos o trabalhador tem condições de pagar e que mais necessita para buscar novo emprego.
Este quadro montado para proteger banqueiros, empreiteiros e empresários, em prejuízo dos trabalhadores tem que mudar, mas é agravado quando o governo não reage e ainda propõe medidas e ações para diminuir direitos dos trabalhadores no pagamento de aposentadorias e pensões.
As empreiteiras que roubaram a Petrobrás junto com políticos, diretores e gerentes, agora querem colocar a conta da corrupção nas costas dos trabalhadores. Para piorar, o governo diminuiu direitos de seguro-desemprego e, assim, os corruptos demitem e o governo deixa os trabalhadores na rua da amargura. Trabalhadores estes que, em sua maioria, depositaram sua confiança reelegendo o governo tanto para garantir o emprego quanto para lutar contra a corrupção e recebem como resposta a perda de seus empregos e, diretamente, pagam pela corrupção dos ricos.
Só com a volta do monopólio do petróleo e com uma Petrobrás 100% estatal, controlada pelos trabalhadores e a serviço do conjunto da população este cenário imoral e injusto, poderá ser mudado.
Toda solidariedade aos demitidos do Comperj, dos Estaleiros que servem à Petrobras, da Volks e da Mercedes. A classe dará sua resposta aos ataques mais agudos que agora sofre.
Que o governo use o Fundo Garantidor, criado para este fim, garantindo a estabilidade no emprego ao conjunto dos trabalhadores.
Fonte: SINDIPETRO/RJ

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