‘Cunha é doente, psicopata, um cínico’, diz Jarbas Vasconcelos. Um dos fundadores do PMDB, deputado diz que a oposição faz uma aliança enganosa com Cunha para viabilizar o impeachment de Dilma: “É o sujo achando que vai ajudar a afastar a mal lavada”
O ex-senador e deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
Um
dos fundadores do PMDB, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) é um
dos parlamentares que defendem com mais veemência a cassação de um de
seus correligionários, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ao blog do jornalista Josias de Souza, o parlamentar se mostrou
decepcionado com colegas da oposição, que, segundo ele, caem no jogo de
Cunha a fim de desenrolar a abertura do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
“Ocorre justamente o contrário. Com Cunha, o impeachment vira lorota, fica mambembe. É o sujo achando que vai ajudar a afastar a mal lavada”, declarou ex-governador pernambucano.
“Cunha é doente, psicopata, um cínico. Como confiar numa pessoa que
mente sobre contas bancárias na Suíça, já confirmadas pela Procuradoria?
A oposição acaba de fazer mais uma reunião com esse personagem para
discutir o impeachment. As pessoas continuam acreditando nele. Se for
bom para ele, Cunha atropela Dilma. Se não for conveniente, ele
posterga. E a oposição está nesse jogo, que tira a legitimidade do
impeachment”, acrescentou.“Ocorre justamente o contrário. Com Cunha, o impeachment vira lorota, fica mambembe. É o sujo achando que vai ajudar a afastar a mal lavada”, declarou ex-governador pernambucano.
Jarbas fez menções nominais àqueles que, em sua opinião, têm aceitado jogar segundo as regras de Cunha. “Me dá um desânimo danado ver pessoas como Mendonça Filho [DEM-PE], que foi meu vice no governo de Pernambuco; Aécio Neves [PSDB-MG], que acaba de sair bem-posto de uma disputa presidencial; Carlos Sampaio [PSDB-SP], que é promotor de Justiça, toda essa gente sendo ludibriada por Eduardo Cunha. É triste,” completou.
A indignação de Jarbas fica mais evidente quando ele ressalta, na entrevista, que a oposição continua a se encontrar com Cunha para discutir impeachment, mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) tê-lo denunciado por suposto envolvimento com os desvios de recursos da Petrobras.
Ele ainda relembrou que a PGR confirmou que o Ministério Público da Suíça enviou documentos que originaram abertura de inquérito contra Cunha, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Segundo relatório da instituição europeia, Cunha é beneficiário final de duas contas ativas com saldo de US$ 2,4 milhões, que estão bloqueados, no banco Julius Baer.
Congresso em Foco
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