Depoimento do suposto hacker à PF contradiz Moro: ministro mentiu?
No primeiro depoimento vazado para a TV Globo, Sergio Moro não fica bem na fita. Não há referência à suposta invasão de celulares de Jair Bolsonaro, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do corregedor do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, e da procuradora geral da republica, Raquel Dodge.
Segundo nota da assessoria de João Otávio de Noronha, Moro telefonou ontem ao corregedor e disse que o celular dele havia sido invadido e o tranquilizou. As mensagens seriam descartadas “para não devassar a intimidade de ninguém”.
Moro mentiu? Ou há outras informações que não foram divulgadas?
A considerar verdadeiro relato do corregedor do STJ — e não há razão para que não seja —, o telefonema de Moro revela a intenção de cometimento de crime, caso tenha havido mesmo invasão do celular do ministro.
Como já foi divulgado, Moro não tem autoridade para destruir supostas provas de crime. Ele também não tem autoridade para acessar um inquérito que é mantido sob sigilo.
O delegado que chefia o inquérito, Luís Flávio Zampronha de Oliveira, tem que se reportar, no caso, exclusivamente ao juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF.
No depoimento prestado à PGF, o suposto hacker Walter Delgatti Neto negou que tivesse tentado invadir o celular Jair Bolsonaro, Joice Hasselmann, Paulo Guedes.
Se não foi ele, quem foi?
Houve de fato tentativa de invasão?
Estas são apenas duas das perguntas sem respostas neste caso nebuloso.
Como a Polícia Federal chegou até ele?
Por que os outros três amigos ainda estão presos se não têm nenhuma relação com os supostos crimes praticados?
Por que Moro tentou envolver no caso altas autoridades da república?
Existem mesmo diálogos envolvendo essas autoridades?
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