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Há antissemitas no PDT. Basicamente um grupo chamado Nova Resistência, que se infiltra no partido há muito tempo e segue intocado mesmo depois de dezenas de denúncias públicas e privadas feitas por estudiosos do tema e por filiados do próprio partido.
A NR, como a Nova Resistência é conhecida, é um movimento antissemita, antiliberal político e que prega repulsa a pautas LGBTQIA+. Um de seus gurus é o filósofo russo Aleksandr Dugin, com quem a NR mantém interlocução estreita. Dugin mantinha relações com Olavo de Carvalho (💀) e com o núcleo neonazista do bolsonarismo. Ele já esteve no Brasil, inclusive. No mês passado, sua filha foi assassinada em um atentado a bomba em Moscou, onde Dugin vive e aconselha Vladimir Putin.
Da excelente reportagem de Marie Declercq e Letícia Oliveira.
“Segundo especialistas ouvidos pelo TAB, uma das táticas da NR é a entrada sorrateira em organizações de esquerda para contaminar o discurso com pautas antidemocráticas, especialmente contra o movimento LGBTQIA+ e, muitas vezes, fundadas em teorias da conspiração antissemitas.”
UOL TAB: “Foto publicada nas redes sociais mostra encontro entre Robinson Farinazzo (PDT), com uma bandeira do Brasil, e apoiadores da NR“
O filósofo Michel Gherman é um dos maiores estudiosos do tema no Brasil. Ele postou ontem em seu twitter.
Gherman é uma das fontes da reportagem do Uol Tab. Ele foi duramente atacado depois que a história foi ao ar. Sua resposta é ao texto “Blitzkrieg nazipetista da UOL contra o PDT”, publicada ontem. Eu sugiro que vocês leiam esse texto e depois voltem aqui para ler a resposta do Michel.
Reproduzo abaixo a sequência dos tuítes do Michel:
Há antissemitas no PDT: é muito estranho o que está acontecendo em setores do PDT. A reação à excelente matéria abaixo mostra isso. O tema era a existência de militantes da organização Nova Resistência no partido. A jornalista me procurou pra conversar.
Dei minha opinião a partir do que pesquiso, ou seja, de que antissemitismo é um fenômeno complexo, diverso e cheio de correntes . Afirmei que uma delas, anti-liberal, anti-moderna e negacionista do Holocausto está sim presente em setores do PDT.
Fiz questão de dizer, entretanto que nos tempos de Brizola essa não era a realidade. Nesses momentos, setores ultranaciolistas antissemitas foram mantidos distantes da estrutura partidária pelo líder histórico Leonel Brizola. Alguns ativistas do partido me ligaram elogiando a entrevista. Outros não.
Um deles, @gustavocastanon escreveu uma nota no Portal Disparada que é, de fato, uma aula do que é antissemitismo. São tantas camadas que não poderei tratar de todas aqui. Falarei de tres: a primeira, e mais caricata de todas: o autor me define como "internacionalista".
Notem, Isso não deveria ser um problema. Há correntes na esquerda que são internacionalistas. Mas, é por isso que antissemitismo é complexo: o contexto é importante aqui. O autor me "acusa" de internacionalista. Há referências às acusações de "cosmopolita" , "dezenraizado" e, o mais Importante, de "conspiracionista" e anti-nacional.
O que fica claro na segunda parte do parágrafo, quando o autor defende a fala de @cirogomes sobre empresários judeus. De forma clara, o autor me vincula aos tais empresários. No último ponto, ele diz que uso as referências a "Lugar de fala" (sem usar o termo), que seria judeu e por isso creia que poderia chamar de fascista as pessoas de quem discordo.
Aqui, o autor dá um jeito também de defender Bolsonaro dessas acusações. Ou seja: ao afirmar não ser a antissemita, o autor se afirma antissemita. Antissemitismo de manual aliás.
Ao que me informam, o autor é próximo de @cirogomes e de sua campanha. Tenho tentado separar o PDT das acusações de membros antissemitas e de extrema-direita no partido. Tá aí uma oportunidade de @CarlosLupiPDT e as lideranças mostrarem que eu estou certo e de honrar a história do partido democrático trabalhista. Abraços.
O perfil da ótima Letícia no Twitter, um verdadeiro acervo da NR no PDT: @guaxinimdebike
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