segunda-feira, 4 de agosto de 2014

POLÍTICA - Alckmin pagou para ganhar novos seguidores.

Alckmin gastou 7,6 mil dólares para ganhar novos seguidores, diz Facebook

 
POR RODRIGO RODRIGUES
 
Alvo de processo pela campanha do candidato Paulo Skaf (PMDB) em virtude do uso por Geraldo Alckmin (PSDB) de links patrocinados, o Facebook informou à Justiça Eleitoral no final de semana que recebeu US$ 7.604,88 (cerca de R$17 mil) do tesoureiro estadual do PSDB para turbinar e promover o perfil do atual governador.
 
O valor foi pago com o cartão de crédito de Felipe Sigollo, figura de grande destaque nas campanhas do PSDB em São Paulo e que hoje ocupa o cargo de tesoureiro do diretório estadual. 
 
A “compra” de seguidores ou a propaganda paga nas redes sociais é vetada pela lei eleitoral e deve ter complicações para o governador Geraldo Alckmin. 
 
Embora o Tribunal Superior Eleitoral não tenha uma resolução específica sobre patrocínio em redes sociais, a prática é enquadrada como propaganda eleitoral antecipada e pode estar sujeita a multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil.
 
A revelação do nome do tesoureiro tucano foi uma determinação da Justiça Eleitoral de São Paulo. Na última sexta-feira (01), o juiz auxiliar Marcelo Coutinho Gordo determinou uma multa diária de R$100 mil caso o Facebook não revelasse quem pagou ou não pelos links patrocinados para a página de Geraldo Alckmin nesta rede social.
 
No sábado (02), vencido o prazo para o cumprimento da sentença, o site de Mark Zuckerberg entregou o nome e o comprovante de pagamento feito pelo tesoureiro tucano.
 
Os advogados de Paulo Skaf, que moveram a ação contra Alckmin, agora pedem à Justiça que Geraldo Alckmin perca os seguidores que foram supostamente estimulados a curtir a página do governador, além de aplicação de multa aos tucanos. 
 
Nos cálculo dos advogados de Skaf, Alckmin passou de 100 mil seguidores para 320 mil em seis meses, graças ao uso dos tais links patrocinados.
 
No último domingo (03), o governador Geraldo Alckmin se manifestou sobre o caso e disse que não houve irregularidades. O governador disse que não tinha conhecimento sobre o caso. 
 
“Se [Sigollo] o fez, não foi em período eleitoral. Se tivesse tido conhecimento, não teria autorizado, porque acho totalmente desnecessário isso”, disse o governador em visita a São José dos Campos, interior de São Paulo. 
 
Além de tesoureiro do PSDB, Sigollo é diretor da Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) e secretário-executivo do Conselho de Patrimônio Imobiliário do Estado, segundo apuração do jornal Valor Econômico.
 
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