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A relatora da prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves
(PSDB-MG) à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministra Maria Thereza de Assis Moura, solicitou do tucano
explicações sobre 15 supostas irregularidades detectadas nos documentos
entregues à corte.
Entre elas está
o fato de Aecio ter repassado para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da
Odebrecht, mas não ter registrado a transferência na prestação de
contas.
"O comitê financeiro nacional
para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de
contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato,
no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas",
afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral. A Odebrecht é uma das
empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato e seu presidente,
Marcelo Odebrecht, está preso desde 17 julho.
Segundo
dados divulgados pelo Estado de S. Paulo, além da Odebrecht, o TSE
aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o
montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato
tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil.
A
ministra Maria Thereza de Assis Moura quer saber também por que a
campanha tucana declarou R$ 3,9 milhões em doações estimáveis apenas na
prestação de contas retificadora.
Das
15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram
consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a doações recebidas
antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas
prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.
O
PSDB informou por meio de nota que já esclareceu ao TSE todas as
dúvidas e ratificou os erros apontados pelo tribunal. Segundo o partido,
todos as doações foram registradas com os devidos recibos eleitorais,
inclusive as da Odebrecht e Construbase, e as falhas detectadas são
erros meramente contábeis.
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