quarta-feira, 25 de novembro de 2015

POLÍTICA - Prisão do Delcídio Amaral.

Delcídio inaugura passe livre da Lava-Jato

Por Renato Rovai, em seu blog:

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, e o banqueiro André Esteves, do BTG-Pontual, foram presos nesta manhã.

A prisão foi solicitada por Rodrigo Janot e autorizada pelo ministro do Supremo, Teori Zavaski.

É a primeira vez na história do país que um senador da República é preso.
Também é a primeira vez que um grande banqueiro é preso na Operação Lava Jato.

O que pesa contra Delcídio é que ele teria operado no sentido de atrapalhar as investigações.

Parece que teria oferecido facilidades para um delator se o preservasse.

Isso é crime e justifica a prisão.

Mas não é nada muito diferente do que Cunha teria feito segundo o delator Julio Delgado, que ainda acusou o então deputado e atual ministro Celso Pansera de “pau madado” do presidente da Câmara.

E Cunha ainda está solto e atrapalhando como pode as ações de investigação contra ele.

Em relação a André Esteves ainda não se sabe direito o que teria feito.

Mas o recado é claro.

Não existe mais limite algum para a Lava Jato.

E isso pode significar muita coisa, mas principalmente que há passe livre para qualquer operação contra quem quer que seja, incluindo a presidenta da República e seus ministros. E claro, o ex-presidente Lula.

Passe Livre foi o nome da operação que prendeu José Carlos Bumlai, que, segundo os investigadores, tinha acesso livre ao Palácio do Planalto nos tempos do ex-presidente.

Ou seja, até o Natal ainda pode acontecer muita coisa no Brasil.

Porque o Natal é uma referência.

Uma data simbólica.

E tudo o que mais há na Lava Jato são símbolos.

Para entendê-la não é preciso conhecer profundamente investigações ou o sistema policial e jurídico.

É preciso saber ler os sinais.

E a prisão de Delcídio e de André Esteves é um imenso clarão no céu.

Os reis magos e os pastores já devem ter percebido do que se trata.

E hoje o Congresso vai estar em polvorosa.

E num momento desses, a luta pela sobrevivência pode levar todos a escolherem um alvo comum.

O impeachment de Dilma volta a subir no telhado.

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