quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

POLÍTICA - O avô do cara que insultou Chico.

A história do avô do rapper que insultou Chico




De Jean Wyllys, no Facebook:


(…) Fui ao Google procurar saber quem é o tal “rapper” Túlio Dek (um dos ofensores de Chico Buarque) e o que encontrei, entre platitudes sobre sua vida amorosa passada em sites que se ocupam de subcelebridades, foi a informação de que ele é neto de Jairo Andrade. E, de acordo com esta matéria de 2007 do site A Nova democracia (http://www.anovademocracia.com.br/no-38/79-a-luta-camponesa-faz-se-ouvir ), o avô de Túlio Dek não era flor que se cheirasse!
“Jairo Andrade Bezerra, falecido há 4 anos, nasceu em Passos (MG) e foi extrema-direita de carteirinha. Entusiasta organizador da ‘Marcha com Deus, pela Família, pela Liberdade’ em 1964, atividade patrocinada pela CIA, que antecedeu ao golpe militar que derrubou o governo constitucional de João Goulart.
Foi para o sul do Pará no final dos anos 1960 e sempre teve apoio da ditadura militar para cometer todo tipo de desmandos na região. Roubou terras dos indígenas, posseiros e dos colonos assentados pelo Incra no assentamento Agropecus.
Jairo recebeu nove autuações por trabalho escravo. Teve seu nome incluído na Lista Suja do Trabalho Escravo, condenado por manter 97 trabalhadores escravizados na Fazenda Forkilha. Seu irmão, Gilberto Andrade recebeu igual condenação por trabalho escravo na fazenda Boa Fé, em Centro Novo (Maranhão). Apesar de denunciado por trabalho escravo (desde final dos anos 60), Jairo Andrade nunca deixou de receber recursos públicos da SUDAM para investir em sua propriedade.
Foi fundador da criminosa e arqui-reacionária UDR — União Democrática Ruralista, em 1985, sendo seu primeiro tesoureiro nacional. Subiu no palanque com Fernando Collor em Redenção nas eleições presidenciais de 1989. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em 5/11/1994, Jairo Andrade — acusado de contratar pistoleiros para assassinar o ex-deputado e advogado de posseiros Paulo Fonteles e inúmeros trabalhadores rurais — não desconversou: descreveu mortes das quais participou, informou onde enterrou as vítimas e fez ameaças. Como sempre acontece com os crimes do latifúndio em nosso País, nada aconteceu a este bandido, réu confesso”
Bom, o tal Túlio Dek teve todas as oportunidades de ser alguém melhor que seu avô. Mas, a julgar pelo que fez a Chico Buarque; a julgar pelo tipo de valores que subjaz a seu discurso de analfabeto político e alienado (discurso que é também o dos outros playboys companheiros seus), Túlio Dek decidiu dar continuidade à capitania herdada.
E assim podemos traçar a genealogia dos canalhas que hoje aplaudem a tentativa de um novo golpe na democracia e de desmonte da Constituição Cidadã de 1988!

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