Brasil em disputa: série completa sobre eleições na TV Boitempo
Mauro Iasi, Boaventura de Sousa Santos, Anita Prestes, Raquel Rolnik, Camila Rocha, Fernando Cássio, Luiz Eduardo Soares, Rafael Grohmann e Ricardo Antunes comentam os dilemas e desafios da disputa eleitoral e da democracia brasileira.
Publicado em 01/10/2022 // 1 comentário
Como debater com feministas conservadoras? Qual o peso destas eleições para a democracia brasileira? Quais crises assolam o país? Quais os desafios da segurança e da educação públicas? Qual o futuro do trabalho diante da crescente plataformização e precarização? Quais são os dilemas das cidades? Qual a importância de se eleger Lula no primeiro turno? Essas e outras questões são analisada na série Brasil em disputa por nomes como Mauro Iasi, Boaventura de Sousa Santos, Anita Prestes, Raquel Rolnik, Camila Rocha, Fernando Cássio, Luiz Eduardo Soares, Rafael Grohmann e Ricardo Antunes.
Veja abaixo todos os vídeos da série ou veja aqui a playlist na TV Boitempo, nosso canal do YouTube.
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Em Feminismo em disputa as pesquisadoras Beatriz Della Costa, Camila Rocha e Esther Solano apresentam uma minuciosa pesquisa feita com mulheres de vários espectros sociais e ideológicos para entender consensos e dissensos no que diz respeito ao feminismo e aos direitos das mulheres hoje. Uma pesquisa quantitativa realizada pelo instituto Big Data complementa a obra, que traz uma espécie de guia de ação política para conversas com mulheres que se denominam conservadoras, com o propósito de encontrar valores básicos que unam mulheres de campos políticos diferentes e assim construir uma agenda em comum para todas as brasileiras.
Na retomada da coluna Razão Quente, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos analisa o cenário eleitoral brasileiro. Ainda faria sentido uma divisão entre esquerda e direita ou estaríamos diante de uma distinção entre política de vida e política de morte? Qual seria o papel da esquerda nesse momento? Boaventura destaca a necessidade de as forças de esquerda defenderem a democracia liberal e suas conquistas no Brasil, mas permanecerem sempre atentas aos seus limites.
Mauro Iasi analisa a formação social brasileira e os problemas do país, engendrados por distintos projetos societários. A combinação de três grandes crises, ou complexos de contradições, produz aquilo que é a crise brasileira hoje. A crise da economia capitalista industrial, que fragmenta e precariza a classe trabalhadora. A crise agrária, marca de uma estrutura agrária perversa associada ao crescimento das relações capitalistas no campo, que intensifica a concentração de terras e a expropriação continuada da população do campo. A crise urbana, fruto das outras duas crises, que produz a mercantilização das cidades, gerando problemas de moradia e acesso a direitos básicos. Um programa para o Brasil envolve não apenas a resolução pontual de elementos dessas crises, mas uma transformação estrutural.
Fernando Cássio comenta os desafios da educação pública brasileira: retomar e cumprir o Plano Nacional de Educação; garantir a constitucionalização do Fundeb e dos investimentos na educação; revogar a reforma do Ensino Médio urgentemente.
A história da sociedade brasileira tem sido uma história de violências que se combinam. Esse é o contexto que cerca nossos problemas de segurança pública. Neste vídeo especial para a série Brasil em disputa, Luiz Eduardo Soares descreve o quadro contemporâneo da violência e da criminalidade no Brasil, analisa a história que tornou possível esse quadro e busca refletir sobre os desafios da segurança pública em um próximo governo que, esperamos, seja de reconstrução.
Ricardo Antunes analisa a sucessão de devastações do mundo do trabalho nos últimos anos: a contrarreforma trabalhista, a liberação da terceirização total, a PEC do fim do mundo, a legalização do trabalho intermitente, a carteira verde e amarela e a contrarreforma da previdência. Antunes comenta os desafios para superar essa situação e qual o papel de uma candidatura e de um governo de esquerda.
Rafael Grohmann comenta o acelerado processo de plataformização do trabalho no país. Qual o papel das fazendas de cliques nesse processo? Como essas fazendas podem contribuir com a propagação da desinformação? Grohmann defende a necessidade de pensarmos a respeito da plataformização em todas as áreas, mas também enfatiza a importância de buscarmos a regulação (um conceito também em disputa), a implementação de políticas públicas que garantam o trabalho decente e digno, além do fortalecimento da organização de trabalhadores plataformizados e do cooperativismo de plataforma.
Camila Rocha analisa o conservadorismo brasileiro, especialmente suas transformações nos últimos anos. A cientista política comenta como as conquistas das lutas em diversas pautas levaram a uma resposta não apenas conservadora, mas também reacionária. Por fim, destaca a importância do diálogo tanto para conseguirmos aliados nas eleições quanto para construirmos pontes após o processo eleitoral.
A historiadora Anita Prestes defende a necessidade de unirmos forças e cumprirmos a tarefa histórica de derrotar Bolsonaro, eleger Lula no 1º turno e organizar os setores populares na luta contra a exploração capitalista.
Raquel Rolnik analisa os desafios da questão urbana e da economia política das cidades. Para a urbanista, as transformações e os processos de reestruturação urbana dos últimos anos têm ampla relação com a situação política em que nos encontramos hoje: o processo global de financeirização das cidades; as mudanças no modo de organização da vida; a transformação dos territórios populares e a ocupação miliciana; as mudanças na lógica da exploração do trabalho e a produção e gestão das cidades; e o papel das manifestações de junho de 2013.
Boaventura de Sousa Santos comenta sobre a questão do medo na disputa eleitoral brasileira e também analisa as mudanças estruturais necessárias após as eleições.
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