É domingo. Chegou o dia decisivo das eleições mais importantes desde a
redemocratização do país. É um momento bem importante também para o mundo. O Brasil joga um papel fundamental na geopolítica mundial, especialmente na América Latina.
Desde 2019, quando o atual presidente tomou posse, sabíamos que os quatro anos que viriam não seriam fáceis. E já não foram desde o começo. Em 1º de janeiro, na cerimônia de posse em Brasília, nossa equipe de jornalismo, assim como grande parte da imprensa, vivenciou o tratamento desse governo aos veículos de comunicação.
Nada melhorou desde então. A parcela da imprensa que é comprometida com a apuração dos fatos, com a ciência dos dados e que mantém respeito às instituições teve inúmeras dificuldades de trabalho e de garantir informações que, em outros tempos, eram compartilhadas pelo Portal da Transparência e via Lei de Acesso à Informação. As dificuldades para termos acesso aos espaços, às falas institucionais e até mesmo às condições estruturais foram enormes.
Sabemos a importância do papel da imprensa e entendemos a posição do Brasil de Fato nesse cenário, portanto não recuamos. Nossas pautas estão e sempre foram alinhadas aos interesses da classe trabalhadora e dos movimentos populares. Mas isso nunca significou abrir mão de um bom jornalismo, ancorado no rigor da apuração.
Desde 2016 estamos realizando a cobertura de um país que luta. Há seis anos acompanhamos um golpe contra a primeira presidenta do país, que foi impeachmada injustamente sob o frágil argumento das pedaladas fiscais, em uma ampla aliança entre a mídia comercial, parte do Legislativo e setores do Judiciário para tirá-la do poder. Não esqueçamos.
Depois do golpe, vivemos dois anos de um governo com muita instabilidade institucional. Michel Temer iniciou o desmonte de direitos e mecanismos institucionais históricos conquistados pela classe trabalhadora. Com a prisão do ex-presidente Lula, em 2018, que estava na frente das pesquisas para as eleições daquele ano, construíram a possibilidade de Bolsonaro ganhar nas urnas. Vieram, então, quatro anos de um governo inábil, para dizer o mínimo.
Não houve, portanto, sossego para o trabalho da comunicação. Muitas vezes nos sentimos atacados em nossa profissão, com uma quantidade massiva de fake news sendo propagadas por uma máquina extremamente cara, ou na violência contra os profissionais, especialmente mulheres, agredidos verbalmente pelo atual presidente e sua horda. Inclusive, nessa conta está a morte do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, assassinados pelo agronegócio brasileiro, que recebeu uma carta branca para agir com violência contra povos indígenas no norte do Brasil.
Mas é domingo que se construirá uma nova história. Nós, do Brasil de Fato, nos preparamos ao longo do ano e temos buscado oferecer as informações que julgamos mais pertinentes para ajudar a população brasileira a tomar a melhor decisão. Com apuração, credibilidade, agilidade e análise.
Mas saibam: não somos neutros. Estamos do lado da população brasileira. Do lado dos que lutam para garantir comida na mesa dos filhos e filhas. Daqueles e daquelas que lutam para produzir alimento. Das que estão desempregadas ou que estão se submetendo à precariedade para garantir a sobrevivência. Daqueles que produzem arte democrática, dos que consomem pluralidade. Dos que lutam contra o racismo. Das causas LGBTQIA+, da luta dos povos indígenas, dos ribeirinhos. Dos e das que defendem incansavalmente a democracia, tão atacada nos últimos anos.
Portanto, estaremos a postos em nossa cobertura nesse dia tão importante. Você poderá nos acompanhar pelo site, pelas nossas redes (Instagram, Twitter, Facebook, YouTube, TikTok), por nossa transmissão especial na Rádio Brasil de Fato (10h-22h) e pelo nosso streaming diretamente de nossos estúdios pelos canais do Brasil de Fato e da TVT. Muita análise, informação e notícias do Brasil e do mundo sob a visão popular. E viva a democracia!
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