É preciso um Congresso forte em 2023. Vocês sabem, o Brasil vai mal no futuro. Mesmo com o fim da era das trevas temos problemas imensos pela frente, e a maior parte deles terão na Câmara e no Senado aliados ou algozes. Depende do voto.
Eu já expressei meu medo antes aqui: podemos ter um Congresso ainda pior do que o atual em 2023 caso não exista mobilização efetiva pra mudar as coisas. O jogo se dará entre deputados e senadores, e não na Presidência. É importante que todos saibam: o orçamento secreto ainda estará vigente no ano que vem, o que tira dinheiro e poder de ação do novo Governo e coloca muitas fichas nas mãos dos parlamentares.
😱 O Caio Junqueira lá na CNN Brasil deu uma amostra: a chance de vitória de Lula ainda no primeiro turno aproximou PP e União Brasil – uma possível fusão das duas legendas está no horizonte, um mega partido de centrão-oposição que fará coro à extrema direita remanescente do bolsonarismo/militarismo. Quem pode se juntar a eles para além do pior das bancadas do agro e da bíblia que já estão instaladas em Brasília e de lá não sairão? Temos o maior número histórico de policiais e de militares candidatos nestas eleições.
🎧 Sobre isso_ Ouça o podcast Policialismo, uma iniciativa do Instituto Sou da Paz, narrada por mim.
Há boas notícias. Este ano batemos recorde de candidatas mulheres, de candidaturas negras e também indígenas. Em traços mais específicos, há maior número também de candidaturas ligadas a candomblé e umbanda, uma chance de pluralizar Brasília, majoritariamente por aqueles que se declaram “cristãos”.
O problema: grande parte dessas pessoas não recebem um centavo dos partidos. Estão fazendo campanha sem dinheiro.
Então bora votar direito?
A iniciativa Quilombo nos Parlamentos reúne mais de 120 lideranças negras comprometidas com a agenda da Coalizão Negra Por Direitos, que constroem ou foram indicadas por organizações e coletivos que integram a Coalizão, dos seguintes partidos: PT, PSOL, PSB, PCdoB, Rede, PDT, UP e PV. São 36 candidaturas para o Congresso Nacional e 84 candidaturas às Assembleias Legislativas e à Câmara Distrital. Clique no seu estado e escolha:
As Eleições de 2022 são um marco histórico para os povos originários – 186 candidaturas de pessoas autodeclaradas indígenas, maior número de todos os tempos. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) quer apoiar e dar visibilidade às candidaturas indígenas, ampliando a representação nos poderes legislativos e executivos em todo o país. Clique nas imagens abaixo e escolha seu estado.
A Antra, instituição que atua há três décadas na defesa dos direitos da população de travestis e transexuais, fez um levantamento de candidaturas trans, um trabalho que começou em 2014. São pelo menos 79 pessoas, aumento de 49% em relação a 2018, um recorde. Há uma lista no final deste documento, clique e escolha seu estado.
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