domingo, 8 de fevereiro de 2009

MÍDIA - Dinastias Midiáticas

Emir Sader

Na imprensa brasileira mandam as dinastias estamentais. Os pais proprietários entregam a direção dos jornais, das revistas, das rádios e das televisões – das suas empresas – aos seus filhos, que repassam para os netos, perseverando todos no direito que se auto-atribuíram de decidir quem é e quem não é democrático, quem fala e quem não fala em nome da nação!

Assim tem sido ao longo de toda a história da imprensa no Brasil. No momento mais decisivo da história do século XX, em 1964, essas dinastias pregaram e apoiaram o golpe militar, assim como a instalação de uma longa ditadura, que mudou decisivamente os rumos do nosso país. Enquanto os militares intervinham nos poderes Judiciário e Legislativo, enquanto suspendiam todas as garantias constitucionais, enquanto fechavam todos órgãos de imprensa que discordaram do golpe e da ditadura, enquanto a maior repressão da nossa história recente se abatia sobre milhares de brasileiros presos, torturados, exilados e mortos, enquanto isso, as dinastias da imprensa mercantil se calaram sobre a repressão e apoiaram o regime militar!

Eram estes mesmos Mesquitas, Frias, Marinhos, Civitas, estes mesmos que transmitem por herança – como se fosse um bem privado – seu poder dinástico, transferindo-o para os seus filhos e netos. Os júlios, os otávios, os robertos, os victor, vão se sucedendo uns aos outros, a dinastia vai se perpetuando. Que se danem a democracia e o país, mas que se salvem as dinastias!

Mas, hoje, elas estão vendo seu poder se esvaindo pelos dedos. Conta-se que um desses herdeiros, rodando em torno da mesa da reunião do conselho editorial, herdada do pai, esbravejava irado: “onde foi que nós erramos? onde erramos?”. Estava desesperado porque a operação “mensalão” não conseguiu derrubar Lula elegendo o tucano, da sua preferência.

Se ele tivesse olhado os gráficos escondidos na sua sala, teria visto que, nos últimos dez anos, as tiragens dos jornais despencaram. A Folha de São Paulo, por exemplo, que é um dos de maior tiragem, perdeu em 10 anos, de 1997 a 2007, quase cinqüenta por cento dos seus leitores! Depois de quase ter atingido 600 mil leitores, vai fechar o ano de 2008 com menos de 300 mil! Uma queda ainda mais grave se considerarmos que, nesse período, houve crescimento demográfico, aumento do poder aquisitivo, maior interesse pela informação e elevação do índice de escolaridade dos brasileiros.

Os leitores deste jornal de direita estão entre os mais ricos da população. Noventa por cento dos seus menos de 300 mil exemplares são destinados aos leitores das classes A e B, as mesmas que não atingem dezoito por cento da população brasileira. Em outros termos, nove entre cada dez leitores do jornal pertencem aos setores de maior poder aquisitivo e suas condições de vida estão a léguas de distância das do nosso povo – esse povo que gosta do programa bolsa família, dos territórios de cidadania, da eletrificação rural, dos mini-créditos, do aumento real do salário mínimo, da elevação do emprego formal, etc.

A última e mais recente pesquisa sobre o apoio ao governo Lula, que a imprensa dinástica procurou esconder, realizada pela Sensus, revela que Lula é rejeitado por apenas treze por cento dos brasileiros! É essa ínfima minoria, cinco vezes menor do que aquela dos que apóiam o governo Lula, que povoa os editoriais dessa imprensa, suas colunas, seus painéis de cartas dos leitores! Esse é o índice da influência real que a mídia mercantil – juntando televisão, rádio, jornais, revistas, internets, blogs – tem! Apesar de todos os instrumentos monopólicos de que dispõem, apesar das campanhas diárias para dominar a opinião pública, não conseguem nada além desse pífio resultado dos treze por cento que representam!

As dinastias podem continuar a ter filhos, netos e bisnetos, mas é possível que já não dirijam jornais. Esta pode ser a última geração de jornalistas dinásticos que, talvez exatamente por isso, revelam diariamente o desespero da sua impotência, assumindo o mesmo papel que ocuparam nos anos prévios a 1964. É o mesmo desespero da direita diante da popularidade de um Getúlio e do governo Jango. Nos dois casos, só lhes restou apelar à intervenção das Forças Armadas e dos EUA, estes mesmos EUA que nunca fizeram autocrítica, nem desta nem de qualquer outra das suas intervenções contrárias à democracia da qual pretendem ser os arautos! Depois de terem pedido e apoiado o golpe militar, porque ainda acreditam que podem dizer quem é democrático e quem não é?

Por Emir Sader

Um comentário:

Anônimo disse...

...O método Veja de jornalismo...

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A degradação jornalística da revista Veja foi fruto de dois fenômenos simultâneos que sacudiram a mídia nos últimos anos:
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a mistura da cozinha com a copa (redação e comercial) e o afastamento dos princípios jornalísticos básicos.
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Os grupos de mídia sempre tiveram interesses paralelos em jogo.
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Não vão contra a lógica comercial, mas são os radares, aqueles que informam até onde se pode avançar no  noticiário sem comprometer a credibilidade da publicação.
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Após a crise cambial de janeiro de 1999, o quadro começou a mudar.
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Apertos financeiros levaram gradativamente muitas publicações a abrirem mão de cuidados básicos, não só permitindo a promiscuidade entre a copa e a cozinha (redação e comercial), mas também manobras de mercado.
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Qualquer manual de administração ensina que, quando a empresa passa a fugir do comportamento ético nas suas ações externas, acaba contaminando toda a estrutura.
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E aparentemente, ocorreu um liberou geral na revista Veja.
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É o que explica o lobby escancarado da revista em favor de Daniel Dantas, especialmente através das colunas de Diogo Mainardi.
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Com escorregões cada vez mais freqüentes, tornou-se difícil – mesmo para os leitores mais atilados – identificar o que eram falhas editoriais, interesse da Abril ou interesse dos diretores da revista.
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Havia um fator a mais a estimular a falta de controle: a desobediência ampla aos princípios jornalísticos básicos.
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E aí se encontra um farto material sobre o mais completo compêndio de anti-jornalismo que a história moderna da mídia brasileira registrou: o estilo Veja de jornalismo.
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Desde os anos 80, cada vez mais a revista Veja se especializaria em “construir” matérias que assumiam vida quase independente dos fatos que deveriam respaldá-las.
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Definia-se previamente como “seria” a matéria. Cabia aos repórteres apenas buscar declarações que ajudassem a colocar aquele monte de suposições em pé.
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Essa preparação prévia da reportagem ocorre toda segunda-feira nas reuniões de editores. É chamada de "pensata".
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O que era um estilo criticável, com o tempo acabou tornando-se uma compulsão, como se a revista não mais precisasse dos fatos para compor suas reportagens.
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Ela se tornou uma ficção ampla, algo que é de conhecimento geral dos jornalistas brasileiros.
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Ainda nos anos 80, o  caso mais célebre foi o do “boimate” – criação de Eurípedes Alcântara.
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Mas, à medida que se entrava na era Tales Alvarenga-Eurípedes-Sabino, final dos anos 90 em diante, esse estilo ficcional passou a arrostar os limites da verossimilhança. 
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O primeiro filtro sobre uma matéria é avaliar se os fatos relatados são verossímeis.
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Se passar nesse teste básico, é que se irá conferir se, mesmo sendo verossímeis, também são verdadeiros.
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Com o tempo, tornaram-se cada vez mais freqüentes as matérias absurdas, sem nexo, sem conhecimento básico sobre economia, finanças, valores, relações de causalidade. Sobre jornalismo, enfim.
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É o modelo Veja de reportagem.
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Eis uma pequena explicação sobre como é esse modelo.
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1... Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de que o jornalista acompanhou em detalhes o episódio narrado.
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2... Depois juntam-se os pontos, cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçado nos fatos supostamente verdadeiros.
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3... Para “esquentar” a matéria ou se inventam frases que não foram pronunciadas ou se tiram frases do contexto ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.
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O caso "boimate" é clássico. Depois de cair no conto de 1o de abril da New Scientist - sobre um cruzamento de boi com tomate que resultou em uma carne com molho -, envia-se um repórter para obter uma frase de efeito de um cientista da USP.
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O repórter perguntou o que o cientista achava. A resposta foi que era impossível tal experimento.
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O repórter tinha que voltar com a frase que se encaixasse na matéria, então insistiu: "E se fosse possível!". O cientista, ironizando: "Seria a maior revolução da história da genética".
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A matéria saiu com a frase do infeliz dizendo que era a maior revolução da história da genética.
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Dentre todos os repórteres, no entanto, nenhum se esmerou mais na arte ficcional do que Policarpo Júnior, recentemente promovido a Diretor da Sucursal de Brasília.
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Assim como Lauro Jardim e Mainardi cultivam os lobistas cariocas, Policarpo é um freqüentador habitual do submundo de Brasília, convivendo com arapongas, policiais e lobistas em geral.
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É assim o método de fazer reportagem, da Veja, da Rede Globo, da IstoÉ, da Folha.
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É o método de todas as mídias que compõem o PIG; criam ficções e historinhas como a do Boimate...........prá boi dormir!
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E a maioria do povinho brasileiro ainda se engana lendo o PIG.
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O método Veja é tão chulo que até as capas são iguais ao longo dos anos - as mesmas palavras, questões, adjetivos.
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Voce pode comprovar vendo-as nesses links;
http://freakshowbusiness.com/2008/11/17/mais-uma-para-o-rol-das-piores-capas-da-revista-veja/
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=330
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Aqui vc vai ver a crítica que o Observatório da Imprensa faz à Veja;
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=474IMQ004
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Um exemplo do método Veja de fazer jornalismo é o golpe do grampo feito em conluio com o Supremo Presidente Gilmar Dantas (segundo Noblat o chama).
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Na Folha de SP de sábado dia 23/01/2009, há um texto que diz que as investigações intensivas da Polícia Federal chegaram à inexorável conclusão: o grampo sem áudio não tem áudio e não é grampo.
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E não se sabe quem grampeou…
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Como dizia o Protógenes no Roda Morta: grampo sem áudio não é grampo.
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Como diz uma assessora do ínclito Paulo Lacerda, a Cynara Menezes, da Carta Capital: [i]"grampo sem áudio é homicídio sem cadáver"[/i].
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Só Lillian Witte Fibe acredita que grampo sem áudio é grampo. [:D]
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O que era então o grampo sem áudio, que não tem áudio, nem autor, e nem é grampo?
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Para que serviu?
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Serviu para o Presidente do Supremo Gilmar Mendes, chamar o presidente Lula “às falas” – e o presidente que tem medo se submeteu a ser chamado “às falas”. [;)]
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E imediatamente, o Presidente que se deixou chamar “às falas” demitiu o ínclito delegado Paulo Lacerda.
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O Ministro serrista - já integrado à Campanha “Serra 2010” - Nelson Jobim produziu uma prova definitiva para desmoralizar o Serviço de Inteligência do Brasil: uma babá eletrônica que “fez” o grampo que não tem áudio, não tem autor, e não é grampo.
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O trabalho do PiG, articulado por Gilmar Mendes, foi, então, “contaminar” a Operação Satiagraha.
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O PiG seguiu a estratégia do bandido condenado, Daniel Dantas: como é impossível se defender das acusações contidas na Satiagraha, o negócio é fazer a Satiagraha deixar de existir, matá-la, vítima de “contaminação”.
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Agora, o PiG esconde a informação - de que o grampo não tem áudio, não tem autor, e nem existe.
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Quem fabricou o grampo?
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A PF chegou à conclusão de que o grampo não tem autor.
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Ninguém grampeou.
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Então, quem grampeou o grampo da Veja?
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A Veja?
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Mas, como, se o Supremo Presidente Gilmar Dantas (segundo Noblat) e o senador Demóstenes Torres dizem que aquela conversa captada pelo “grampo” de fato existiu?
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Será que existiu?
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Ou o Presidente Supremo do Supremo e o nobre Senador inventaram essa estória em conluio com a Veja?
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É uma HIPÓTESE que se deve considerar, diante do fato de que o tal grampo não tem áudio, não tem autor, e nem sequer existe.
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Ou, se a conversa de fato existiu, quem transformou essa conversa num suposto grampo? (“suposto” é como o William Bonner chama os gatunos brancos de olhos azuis).
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Quem disse a Veja que era um grampo?
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Quem contou essa estória, de um grampo que não tinha áudio nem autor, e a Veja acreditou?
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E só a Witte Fibe acreditou que a Veja agiu de boa fé, quando NÃO disse que o grampo NÃO tinha áudio.
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Quem inventou essa estória e envolveu a credibilidade do Presidente da Suprema Corte, Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres numa patranha?
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A Veja cometeu algum crime?
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Como é que uma revista sai por aí a produzir grampos que não existem para comprometer a segurança da República e o Serviço Nacional de Informações?
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Vamos supor que a revista Time invente um grampo que não tem áudio nem autor e nem existe e só para desmoralizar a CIA.
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E envolve na patranha um senador da República (de oposição), o Presidente da Suprema Corte e o Presidente da República?
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Isso, sairia barato?
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Em qualquer país sério do mundo, uma medida judicial já teria fechado a Veja.
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Ou ainda vai fechá-la?
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Por que o SEBRAE anuncia na Veja?
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O Banco do Brasil e a Petrobrás vão continuar a anunciar na Veja?
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As empresas do Governo Lula consideram apropriado financiar o Golpe para derrubar o Presidente Lula?
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Ou essa é apenas uma questão técnica, a ser analisada pelos mestres de mídia programming do Ministério da Comunicação Social?
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Qualquer dúvida, perguntem aos gênios da mídia Andrea Matarazzo e Nizan Guanaes que sabem que critérios técnicos justificam anunciar na Veja e no PiG.
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Eles eram mestres disso, no Governo do Farol de Alexandria (FHC)!
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O grampo da Veja, o grampo sem áudio, o grampo sem autor, o grampo do Supremo Presidente – isso nada mais era que o Golpe de Estado de Direita.
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Para quê?
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Para proteger os ricos que estão nos 12 HDs do bandido condenado Daniel Dantas.
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Para proteger os que investiam nos fundos do Opportunity para não pagar imposto de renda e lavar dinheiro - os Tucanos em peso, os Democratas, e outros endinheirados que sabem do que estamos falando!!
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Agora, vai ficar mais difícil.
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A questão saiu das mãos do Gilmar Mendes.
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Os governos dos EUA e Inglaterra legitimaram a Satiagraha do ínclito delegado Protógenes, depois da ação vigorosa e competente do Delegado Romeu Tuma Jr., o homem certo lugar certo.
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Os EUA e Inglaterra congelaram US$ 2 bilhões do bandido condenado e seus “clientes”.
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E o grampo sem áudio?
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Deve estar escondido com aqueles 12 HDs.
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Agora o PiG informa que o Supremo Presidente do Supremo vai criar um “controle externo” à ABIN.
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“Controle externo” significa Ele próprio - o supremo presidente do supremo - fazer esse tal controle.
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Ele quer controlar a ABIN para que a ABIN não investigue brancos e ricos de olhos azuis.
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O PiG também informa que "Ele" vai retirar do Presidente da República o direito de dar asilo a preso político e só "Ele" pode ter esse direito.
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Mas, de fato, quem exerce o Poder, hoje, no Brasil? É "Ele", o supremo Gilmar Mendes.
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Se "Ele" quiser o Pré-Sal - quem ousará dizer não?
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E se "Ele" decidir que pós-graduação em Direito agora só se pode fazer a distância?
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E se "Ele" contratar o Paulo Renato de Souza para dizer que a idéia é genial? Quem ousará dizer não?
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Pois é, neste cú do mundo, um cretino que está sendo processado por improbidade, é presidente do STF.
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Neste cú do mundo, um presidente do STF inventa um grampo sem áudio para proteger bandidos ricos com a colaboração da revista Veja, e fica por isso mesmo!
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No final de 2008 o BNDES botou dinheiro do trabalhador (FAT) na BrOi para beneficiar três empresários – Carlos Jereissati, Sergio Andrade, e o bandido Daniel Dantas.
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Agora, o BNDES, novamente, põe o dinheiro do trabalhador (FAT) na Aracruz Celulose.
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A família Ermírio de Moraes é quem agora foi beneficiada com o Bolsa Família do Eucalipto.
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E fica por isso mesmo!
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Neste cú do mundo, um presidente do STF articula um Golpe de Estado de DIREITA, e o tal "trabalhador" vai à praia!
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De um lado esse o tal "trabalhador" é roubado na cara de pau,
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E do outro lado gasta milhões toda semana para votar nos idiotas do BBB, (ao invés de gastar com escola e livros).
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Vai assistir outros 11 idiotas correrem atrás de uma bola, (ao invés de gastar com escola e livros).
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Vai pular igual macaco no carnaval, (ao invés de gastar com escola e livros).
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E viaja prá descançar no feriadinho após o extenuante final de semana de sol e churrasquinho.
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Gastar dinheiro para ir em Brasília quebrar as fuças dos bandidos, o "trabalhador" não vai não!
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Nem na Câmara Municipal da própria cidade!
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O argumento é que: "Ah...isso não é problema meu, eles que resolvam!"
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Ou dizem que são mais ocupados do que Michelle e Barack Obama juntos!
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Mas o fato concreto, é que a indolência é o sentimento socialista que impera neste país.
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De que o governo é o papai e a mamãe de todos - é quem tem que resolver tudo e assinar um chequinho mensal para que todos tenham uma vida de marajá e possam ir à praia numa terça-feira!
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Talvez o último ato do Lula seja implantar a sugestão do Casseta & Planeta e criar o Bolsa Ferida!
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É para quem não quer estudar, nem trabalhar, nem virar bandido!!
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Voce fica em casa sentado o dia inteiro coçando o saco, e quando ele ferir vc vai pegar o auxílio!!
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Que tal? Não é a cara do Brasil?
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Tá explicado porque este cú do mundo, chamado de Brasil, fica na america latRina!
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Tá explicado porque este cú do mundo, chamado de Brasil, permite que a Veja produza grampos sem áudio!
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