segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

POLÍTICA - A vingança do Alckmin.

Alckmin ainda muito distante dos palanques de Aécio
Alckmin
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Bem que o ex-ministro José Dirceu avisou reiteradas vezes aqui no blog quando o escrevia: o governador Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra, ambos tucanos, são adeptos da velha teoria de que vingança é um prato que se come frio, e não vão deixar escapar a oportunidade de se vingar do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O mineiro fez corpo mole, não os apoiou suficientemente em 2002 e 2010 (Serra) e em 2006 (Alckmin) e os fez perder aquelas eleições presidenciais em Minas.
Agora candidato dos tucanos a presidente da República, Aécio anda sozinho por São Paulo. No último fim de semana praticamente completou seu giro pré-campanha pelas principais cidades e regiões do Estado, enquanto Alckmin faz cara de paisagem, finge que o apoia, mas não foi visto uma vez em sua companhia nessas viagens.
Balanço divulgado no fim de semana pelos repórteres Pedro Venceslau e Ricardo Chapola no jornal O Estado de S.Paulo mostra que a apenas quatro meses do início oficial da campanha e depois de ter iniciado em agosto pp. por Ribeirão Preto o périplo que o levou a 13 grandes cidades paulistas para se tornar mais conhecido no Estado, o candidato mineiro ainda não conta com o engajamento do correligionário Alckmin em seu projeto de chegar ao poder.
O engajamento de Serra, então, que até o final do ano ainda sonhava ser ele o candidato ao Planalto, nem se fala. Serra continua na muda e a última notícia que se teve dele é que depois de desistir de ser candidato a presidência e de ser pressionado a sair para o Senado na única vaga em disputa este ano, por medo de disputar e perder para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), resolveu concorrer a uma vaga de deputado federal.
No último fim de semana, Aécio esteve em Araçatuba e São Carlos, e no próximo estará em Santos e na região do ABC. Nos 13 encontros já realizados, nem sombra do governador paulista em seu palanque e, segundo adiantou o Palácio dos Bandeirantes, nem nos dois próximos também. A  ausência de Alckmin e a situação por ele criada, além de provocar críticas reservadas da cúpula nacional e paulista do PSDB, está obrigando Aécio a montar uma estrutura paralela de pré-campanha e campanha no Estado.
Na primeira etapa desse périplo, no 2º  semestre do ano passado, o governador ainda alegava que não participava para não melindrar Serra, que também pleiteava ser candidato a presidente. Mas Serra desistiu ainda no ano passado, com um curto comunicado no twitter em que não falou de apoio a Aécio, e mesmo assim Alckmin continuou distante da campanha do presidencial tucano. Não vai admitir jamais, como Aécio também tenta amenizar a situação – ele diz que em março, depois do verão,  o governador se integra à sua campanha -, mas tudo indica que Alckmin a Aécio está dando o troco de 2002, 2006 e 2010.

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