quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

POLÍTICA - Isso é o mínimo que se pode pedir.


Líder do PT pede para STF agir “sem ódio” com Azeredo

Vicentinho disse “não desejar” para o ex-deputado do PSDB o mesmo tratamento dado pelo Supremo aos petistas condenados no mensalão. Colegas do tucano subiram à tribuna dizendo confiar em sua defesa
Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Para Vicentinho, petistas foram condenados sem provas no mensalão pelo STF
O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), afirmou nesta quarta-feira (19) esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue “com lisura” e “sem ódio” o agora ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). A declaração ocorreu após o tucano apresentar carta de renúncia do mandato por conta da tramitação do processo do mensalão mineiro na mais alta corte do país. Deputados tucanos também subiram à tribuna para defender o ex-colega de bancada. “O STF deve agir com lisura, deve agir sem ódio. Não desejamos para o deputado Azeredo o tratamento que foi dado aos deputados na Ação Penal 470″, afirmou Vicentinho. Para o petista, Azeredo deve ser julgado após ter o direito de plena defesa observado. Uma das críticas do PT ao julgamento do mensalão é que os condenados não tiveram tempo suficiente para se defender.
Sem citar nomes, Vicentinho fez uma alusão aos quatro petistas – entre eles três deputados – que foram condenados no mensalão: Delúbio Soares, João Paulo Cunha, José Dirceu e José Genoino. Os quatro estão presos por determinação do STF. João Paulo e Genoino renunciaram aos mandatos para não passarem por um processo de cassação. “Imagine uma pessoa inocente ser condenada do jeito que muita gente [os deputados do PT] foi condenada”, completou.
Antes do pronunciamento de Vicentinho, deputados tucanos depositaram confiança na defesa de Azeredo e evitaram fazer críticas ao STF. Marcus Pestana, que preside o diretório do PSDB em Minas Gerais, fez uma provocação. Disse que Azeredo não é um homem de “punho cerrado”, referência ao símbolo feito por Dirceu e Genoino quando se entraram na Polícia Federal em 15 de novembro passado.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que, “enquanto parlamentar”, Azeredo demonstrou uma “conduta séria, respeitosa” e que era um parlamentar “comprometido com a vida pública”. Já o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que o momento é de “grave consternação em todos nós”. “Confiamos na defesa do deputado Azeredo, confiamos na corte suprema. A nossa certeza, e de todos que conhecem, sabem que ele é um homem decente, é um homem digno, um homem de bem.”

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