terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

SAÚDE - Combate á indústria do fumo.

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[ Mundo ]
Relatório alerta países para combate mais enérgico à indústria do tabaco
Natasha Pitts
Adital
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), está fazendo um alerta aos países para que acelerem a adoção de leis e medidas a fim de evitar que mais pessoas percam a vida por causa do cigarro. Todos os anos seis milhões são vítimas fatais da droga e estima-se que este número possa subir para 8 milhões até 2030. Para barrar esta tendência a OPAS divulgou o "Relatório sobre Controle do Cigarro para a Região das Américas 2013”.
O documento demonstra os avanços alcançados pelo Convênio Marco da OMS para o controle do Cigarro, que entrou em vigência em 2005 e atingiu 29 países dos 35 das Américas. Hoje, 17 países contemplam leis que proíbem o fumo em locais públicos fechamos; cinco países estão protegidos da influência da publicidade e patrocínio do cigarro; a maioria dos Estados das Américas impõem impostos ao consumo de produtos do cigarro e 16 países exigem advertências gráficas que ocupem mais de 50% dos pacotes deste produto.
No entanto, a OPAS assegura que o tabagismo ainda é uma epidemia e precisa ser combatida com mais força. A organização orienta que os países não devem só prevenir o uso do cigarro, mas também incentivar os fumantes a abandonar o vício, só assim a taxa de mortalidade relacionada ao cigarro poderá cair e pode-se conseguir evitar a morte de cerca de 1 milhão de pessoas.
Outra questão para a qual os países devem ficar atentos é que a indústria do tabaco continua "direcionando a comercialização e promoção de seus produtos às populações de rendas mais baixas, a mulheres e jovens, e por sua vez está implementando estratégias cada vez mais agressivas contra as políticas de controle do cigarro”.
Para combater estas situações o documento pontua seis medidas práticas e acessíveis que os países devem colocar em prática, o quanto antes, são elas: exigir o uso de advertências gráficas grandes nos pacotes de cigarro, que informem adequadamente aos consumidores; proteger os jovens do marketing agressivo da indústria, proibindo toda forma de publicidade, promoção e patrocínio por parte da indústria do cigarro; monitorar a evolução do consumo de produtos do cigarro; proteger a população da exposição à fumaça do cigarro alheio; oferecer ajuda para quem quiser deixar de fumar e aumentar os impostos sobre estes produtos.
Epidemiologia
O cigarro é um importante fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que são atualmente as responsáveis por quase dois terços das mortes no mundo. Estas doenças incluem, principalmente, enfermidades cardiovasculares, cânceres, diabetes e doenças cardiorrespiratórias. Nas Américas, as DCNT são responsáveis por 77% de todas as mortes e dentro deste dado o cigarro é responsável por 15% das mortes por doenças cardiovasculares, 26% das mortes por câncer e 51% das mortes por doenças cardiorrespiratórias.
Mais especificamente, o consumo de cigarro e a exposição à fumaça do cigarro alheio seguem sendo as principais causas individuais de mortalidade, morbidade e deficiências evitáveis. Em nível mundial, é responsável por 12% das mortes de pessoas com mais de 30 anos. Nas Américas este número é superior, sendo o cigarro responsável por 16% das mortes de adultos com mais de 30 anos.

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