quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

UCRÃNIA - UE vai impor sanções à Ucrânia.


Copiado do site Opera Mundi
 
Entre as medidas, está o bloqueio de emissão de vistos e de dinheiro para o país; oposição fala em 100 mortos só nesta terça



A ministra italiana das Relações Exteriores, Emma Bonino, anunciou na tarde desta quinta-feira (20/02) que a União Europeia vai impor sanções à Ucrânia por causa da escalada da violência – até as 14h30 (horário de Brasília), já haviam sido registradas mais de 100 mortes só hoje, de acordo com setores da oposição citados pela Agência Efe.
Agência Efe

Confrontos em Kiev já deixaram mais de 100 mortos só hoje, diz oposição

Entre as sanções, está o bloqueio de emissão de vistos e de dinheiro para o país. O impedimento dos vistos será para pessoas determinadas, apesar de o órgão não ter uma lista completa de quem não poderá entrar na União Europeia. As medidas completas serão anunciadas nas próximas horas.
A decisão causou reações imediatas de Moscou. Segundo porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich, as ameaças de sanções são “inapropriadas” e piorarão o conflito. Por sua vez, o chanceler russo Sergei Lavrov chamou a ação de “chantagem”.


“Precisamos primeiro saber quem é realmente responsável pela violência em Kiev”, afirmou o ministro holandês das Relações Exteriores, Frans Timmermans. De acordo com ele, é claro que pessoas têm sido mortas por forças do governo, “mas também é claro que há pequenos grupos radicais do lado oposicionista, que são responsáveis pela violência excessiva”.
Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier; da França, Laurent Fabius; e da Polônia, Radoslaw Sikorski, se reuniram nesta quinta durante mais de quatro horas com Yanukovich, para propor ao líder ucraniano um roteiro que solucione o conflito, que já dura três meses.

Os três representantes devem prolongar a estadia até sexta, na tentativa de obter avanços na negociação de uma saída política para a crise no país. Além disso, a proposta europeia inclui uma reforma da constituição e a instauração de um governo de transição. Após o encontro com Yanukovich, os três ministros europeus se reuniram com os líderes da oposição para apresentar-lhes seus roteiros para pôr fim à crise ucraniana.

Aumento de mortes
A oposição ucraniana estimou que há mais de cem mortos nos violentos confrontos registrados desde terça-feira (18/02) na capital ucraniana e que voltaram a se intensificar hoje em Kiev – um dia após o anúncio de trégua entre governo e oposição. No entanto, para o ministério da Saúde, foi confirmada a morte de 67 pessoas - incluindo 13 policiais, segundo o ministério do Interior - e precisou que 11 deles morreram em hospitais. As autoridades também estimam em mais de mil os feridos nos protestos.

Além disso, os manifestantes opositores ucranianos detiveram 67 soldados, dos quais não possuem informações, de acordo com um comunicado do ministério de Interior, que advertiu que "para a libertação de seus colegas, as forças de segurança têm direito a empregar todos os meios que a lei permite, incluindo armas".

Efe

Número de mortos para a oposição está acima de 100; já para o ministério do Interior,  foi confirmada a morte de 67 pessoas

Em meio a confrontos violentos, Viktor Yanukovich, havia anunciado na quarta (19/02) medidas mais duras para reprimir os manifestantes. Além da troca da chefia das Forças Armadas do país por um militar tido como de linha mais dura, as forças de segurança ucranianas anunciaram também o lançamento de uma "operação antiterrorista" em todo o território nacional contra os grupos extremistas que participam dos protestos violentos.

Na quarta-feira (19/02), os EUA já haviam anunciado o cancelamento de vistos “responsáveis pela violência em Kiev”, sem, no entanto, citar nomes, logo após o presidente Barack Obama afirmar que “"haverá consequências se as pessoas ultrapassarem a linha" no país.

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