Entreguistas e corruptos: não passarão!
Autor: Rogério Lessa
POSSE NOVA
DIRETORIA DA AEPET - A articulação de um movimento de defesa da
Petrobras contra corruptos, entreguistas, corruptores e privatistas de
plantão, a ser lançado no próximo dia 4 de fevereiro no Clube de
Engenharia como “ensaio” para ato posterior no Congresso, deu a tônica
da cerimônia de posse da nova diretoria da AEPET para o triênio
2015/2017, liderada pelo engenheiro do Cenpes Felipe Coutinho.
Ao transmitir o cargo, o
ex-presidente Silvio Sinedino, que é representante eleito dos
funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, trouxe mais um
número extremamente preocupante: a política de contenção do preço da
gasolina imposta pelo governo sob o frágil argumento de controle da
inflação causou perdas de aproximadamente R$ 60 bilhões à Companhia.
Sinedino anunciou a aprovação, pelo CA, do novo diretor de Governança,
Risco e Conformidade, João Adalberto Elek Junior, e defendeu que o mesmo
processo de seleção seja aplicado a gerentes e demais diretores.
Já Fernando Siqueira,
que permanecerá como vice-presidente na nova diretoria, lembrou que a
Noruega, antes o segundo país mais pobre da Europa, em cerca de 40 anos
se tornou o segundo lugar do mundo em renda per capta e líder no ranking
do desenvolvimento humano. O fundo soberano daquele país acumula
atualmente US$ 900 bilhões e a Noruega ainda detém um terço do petróleo
descoberto na década de 1970. “O Brasil, além de petróleo, tem outras
riquezas naturais em quantidade muito superior à da Noruega. É um dos
países mais viáveis do planeta, mas precisa se defender de interesses
internacionais que neste momento ambicionam o nosso pré-sal”.
Sobre a corrupção na
Companhia, Siqueira destacou que nos governos tucanos os gerentes foram
cooptados mediante aumentos nas remunerações, que os distanciaram dos
demais funcionários e aumentaram o poder de chantagem da direção. Ele vê
um lado positivo no momento pelo qual passa a Petrobras, já que a total
apuração das denúncias será algo benéfico no médio prazo. “Temos chance
de reduzir a corrupção. Além disso, os corruptores também foram
citados”, ponderou.



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