terça-feira, 4 de agosto de 2015

ECONOMIA - Hora de mudar de rumo.


Hora de mudar de rumo, antes que seja tarde.


A mídia de oposição quer, na prática, culpar o Congresso pelo redução da meta de superávit, apesar de o Congresso Nacional ter aprovado as medidas propostas pelo governo. E a presidenta já vetou o aumento do Judiciário e pode vetar a extensão do cálculo do salário mínimo para os aposentados, negociando alternativas como foi o caso do Fator Previdenciário.
Assim, o que inviabilizou a meta fiscal foi a brutal queda da arrecadação, resultado da  queda do PIB, produto do corte de investimentos e gastos e principalmente da alta dos juros e restrições ao crédito. Fora a campanha intensa de descrédito do BNDES e demais bancos públicos promovida pela oposição e pela mídia de oposição, Globo a frente.
Os gastos com os juros da dívida interna e a queda da arrecadação tornaram a meta impossível — como dissemos desde o início que aconteceria.
Agora o governo depende de variáveis hipotéticas para alcançar a meta redefinida, como o aumento da arrecadação com o REFIS, a aprovação da repatriação de dinheiro sujo, sonegado, enviado ilegalmente para o exterior; e das concessões que dependem da capacidade de gestão e execução do governo e de um ambiente econômico que não ajuda.
Os governadores estão no mesmo barco que a presidenta, inclusive os do PSDB. Tendem a colaborar com o governo federal na expectativa de um aumento na arrecadação e nos repasses da União. Para se ter uma ideia, a maior cidade do país, São Paulo, recebeu apenas 2% dos recursos da União para creches e mobilidade urbana, corredores de ônibus. Todos os prefeitos e governadores convivem com a queda da arrecadação do ICMS e do IPTU.
O problema está na alta dos juros, da taxa Selic, na ausência de uma política de crescimento, na crença de que a recessão vai diminuir os custos salariais e de que a alta de juros vai diminuir a inflação. Crença na volta da “confiança” e dos investimentos pela firmeza do governo em cortar gastos e investimentos, fazer superávit, e do Banco Central em aumentar a taxa Selic até trazer a inflação para o centro da meta.
Nem a inflação caiu e nem o superávit foi feito. O que aconteceu foi a fuga dos investidores, pela falta de demanda e da certeza no lucro. Com o PIB caindo 2% …
Hora de mudar de rumo, antes que seja tarde.

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