sábado, 1 de agosto de 2015

POLÍTICA - Bomba atiça vândalos das redes sociais.


Bomba atiça vândalos das redes sociais

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Mais graves do que os estragos na porta da garagem causados pela bomba caseira lançada contra o Instituto Lula na noite de quinta-feira, foram as reações de alguns vândalos midiáticos nas redes sociais.

Assim que a notícia foi divulgada no dia seguinte, os blogueiros black blocs, empenhados em convocar a população para os protestos do dia 16 de agosto, desandaram a disparar novos ataques virtuais contra o ex-presidente Lula.
Não vou aqui reproduzir as barbaridades que eles escreveram para não dar cartaz a bandidos homiziados na internet. Quem estiver interessado pode procurar os de sempre, assim como a polícia especializada em crimes cibernéticos, se quiser investigar quem está por trás da bomba caseira lançada contra o IL.

"O atentado contra o Instituto Lula é filho da impunidade das manifestações de ódio", escreveu o colega Paulo Nogueira, do "Diário do Centro do Mundo". E explica: "A impunidade leva a novos degraus. Primeiro você xinga, calunia, massacra nas redes sociais. Depois começa a jogar bombas. O Brasil tem que adotar uma política de tolerância zero contra o ódio".

É o que devemos fazer antes que as bombas virtuais ou reais comecem a matar gente e assassinar reputações.

Ao afirmar que o ataque ao Instituto Lula foi estimulado pelo "massacre midiático" contra o ex-presidente, o líder petista Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, constata que "os fascistas se sentem legitimados". Tarso prestou solidariedade a Lula, "como teríamos com Fernando Henrique Cardoso, se o seu Instituto fosse atacado. Isso é unidade democrática contra o ovo da serpente".

Espera-se agora que os principais líderes da oposição também se manifestem contra o atentado, que não deixou vítimas, mas que, se nada for feito, amanhã poderá se repetir contra outros alvos nesta batalha insana que só faz se tornar mais perigosa a cada dia, desde a campanha eleitoral do ano passado.

"A intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia", alertou a presidente Dilma Rousseff, na manhã deste sábado, em suas contas nas redes sociais.

Pois é exatamente o que está em jogo neste momento: a nossa jovem democracia, vilipendiada pelos que não aceitam o resultado das urnas e querem voltar ao poder na marra, disseminando o medo e o ódio.

Vida que segue.

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