A primeira da nova geração de centrais nucleares europeia já tem três anos de atraso e não vai entrar em funcionamento até 2012, admitiu ontem a empresa responsável pelo projecto do EPR na Finlândia. O atraso levanta novas dúvidas sobre o "renascimento nuclear" planeado pela Grã-Bretanha, França e outros países europeus para garantir a segurança do abastecimento energético e de combate às alterações climáticas.
Areva, o grupo francês de propriedade estatal responsável pela construção do reactor pressurizado Europeu (EPR) em Olkiluoto (Finlândia), com o parceiro alemão Siemens, espera ter mais um encargo sobre o custo inicialmente estimado de € 1.5biliões e € 2 biliões, valor de topo já ultrapassado.
O EPR é o primeiro de uma série de reactores analisado pelo governo britânico à medida que embarca num programa para construir 10 centrais nucleares até ao final da próxima década.
O EPR finlandês, inicialmente orçado em € 3biliões, espera-se que custará agora pelo menos € 4.5biliões. Agora com o seu quarto atraso, a central de 1600 megawatt deveria entrar em funcionamento no próximo ano. O consórcio da Areva culpa a finlandesa TVO pelos atrasos, acusando-a ontem por levar uma média de nove meses para validar documentos em vez dos dois concordados.
A TVO disse que o mais recente atraso deveu-se porque as obras levariam mais meses que o inicialmente esperado.
Mas a Areva, que ainda admite que o projecto "é e continuará a ser um desafio até ao final", diz ter concluído o fabrico dos componentes primários.
Relatórios franceses sugerem que os atrasos se devem à "vontade comercial feroz" da chefe da Areva, Anne Lauvergeon, para produzir o primeiro EPR.
Fonte: The Guardian /Blog Ecoblogue.
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