terça-feira, 3 de junho de 2014

MÍDIA - Os dois pesos e duas medidas nos jornalhões.

Os dois pesos e duas medidas hoje com tudo nos jornalões




Para ajudar e deixar bem o PSDB e prejudicar ao máximo o PT. A manchete principal da 1ª página do Estadão hoje é “Caso Alstom faz Suíça romper ajuda ao Brasil”. A República Helvética justifica sua decisão com o fato do vazamento, no Brasil, de informações sigilosas envolvendo o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Robson Marinho. O conselheiro tucano é investigado naquele país e aqui sob a acusação de ter depósitos de US$ R$ 3 milhões em contas secretas suíças que seriam pagamento de propina pela multinacional Alstom.
Mas, nessa chamada de capa o Estadão em nenhum momento faz menção ao nome do ex-governador tucano Mário Covas, à sigla PSDB ou à palavra “tucanos”, apesar de registrar que o dinheiro resultaria de um “esquema de pagamento de propinas no governo de São Paulo entre 1998 e 2002” – exatamente o período do segundo governo Covas.
Robson Marinho, como chefe da Casa Civil nos três primeiros anos da administração Covas (1995/1997) foi um dos principais expoentes daquela gestão, até ser nomeado para o TCE-SP pelo governador. E a Folha de S.Paulo, por sua vez, dá de forma bem mais discreta, outra notícia sobre Robson Marinho: “STJ determina que Robson Marinho não tem foro privilegiado”.
Poupam PSDB e tucanos e escracham PT e petistas
É sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou pedido da defesa de Marinho, para que ele tivesse foro privilegiado e fosse processado só naquela Corte. O STJ negou e determinou prosseguimento das ações que correm contra o conselheiro na Justiça de São Paulo. O Estadão toma o “cuidado” de não mencionar o ex-governador tucano Mário Covas, a sigla PSDB ou a palavra “tucanos” no texto que acompanha sua principal manchete de capa hoje, mas não segue o mesmo critério em relação ao PT.
Pelo contrário, Estadão, a Folha de S.Paulo e O Globo empenham-se em dar chamadas em suas primeiras páginas hoje ao afastamento (ou suspensão), pelo PT,  do deputado estadual paulista Luiz Moura que, segundo acusações,  teria participado de reuniões com integrantes do PCC – Primeiro Comando da Capital numa garagem de ônibus.
O Globo cita o PT na chamada que dá ao caso em sua primeira página e a Folha e o Estadão carregam mais nas tintas e citam em suas manchetes de primeira o PT e o PCC. É o velho empenho dos três jornalões em seguir a política dos dois pesos e duas medidas, orientada no sentido de denegrir o máximo possível o PT e poupar, também o máximo possível o PSDB e seus integrantes. Principalmente em ano de eleição.

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