“Os Estados Unidos estão afundando no desastre o berço da civilização”, afirma Noam Chomsky
Os Estados Unidos estão afundando no caos o berço da civilização, afirma o analista político Noam Chomsky, em um recente artigo no qual descreve a propagação da “praga do Estado Islâmico”.
A reportagem é publicada por Rebelión, 09-09-2014. A tradução é do Cepat.
O célebre linguista recorda, a partir de um artigo publicado no portal Alternet, que a era na região do Crescente Fértil, também conhecida como ‘meia-lua fértil’, começou há quase 10.000 anos. Estendeu-se desde as terras dos rios Tigre e Eufrates, passando pela Fenícia, na costa oriental do Mediterrâneo, e alcançando o vale do Nilo. Dali, expandiu-se para a Grécia e mais além, destaca Chomsky.
Segundo o prolífico autor estadunidense, a terra do Eufrates e Tigre foi cenário de “indescritíveis horrores, nos últimos anos”.
“A agressão de George W. Bush e Tony Blair, em 2003, a que muitos iraquianos compararam com as invasões mongóis do século XIII, foi outro golpe letal a mais” e conseguiu destruir “grande parte do que sobreviveu no Iraque, após as sanções da ONU impulsionadas por Bill Clinton”, acrescenta.
De acordo com Chomsky, uma das terríveis consequências que a invasão dos Estados Unidos e do Reino Unido deixou nesse país, conforme apresenta em um artigo para o jornal ‘The New York Times’, é a mudança radical que a cidade de Bagdá experimentou: dos bairros mistos de 2003 aos atuais enclaves sectários.
A região está em pedaços
“Os conflitos agravados pela invasão se estendeu para além e, agora, a região está em pedaços”, enfatiza o analista político. Boa parte da área do Tigre e do Eufrates está nas mãos do Estado Islâmico que, em sua avaliação, defende “a forma extremista do islã radical, que tem a sua casa na Arábia Saudita”.
“Um obstáculo importante para a propagação da praga do Estado Islâmico ao Líbano é o Hezbollah, um inimigo dos Estados Unidos e de seu aliado israelense”, aponta o filósofo. Além disso, o grupo jihadista é uma preocupação que, atualmente, tanto Washington como Teerã compartilham.
Em seu artigo, Chomsky também cita as palavras do correspondente do Oriente Médio para o jornal ‘The Independent’, Patrick Cockburn, que ressalta a contradição da reação do Ocidente diante do surgimento do Estado Islâmico: enquanto que, por um lado, lutam para impedir que o grupo jihadista avance no Iraque, por outro, esforçam-se em minar o Governo de Bashar al Assad, o grande rival desse agrupamento na Síria.
A reportagem é publicada por Rebelión, 09-09-2014. A tradução é do Cepat.
O célebre linguista recorda, a partir de um artigo publicado no portal Alternet, que a era na região do Crescente Fértil, também conhecida como ‘meia-lua fértil’, começou há quase 10.000 anos. Estendeu-se desde as terras dos rios Tigre e Eufrates, passando pela Fenícia, na costa oriental do Mediterrâneo, e alcançando o vale do Nilo. Dali, expandiu-se para a Grécia e mais além, destaca Chomsky.
Segundo o prolífico autor estadunidense, a terra do Eufrates e Tigre foi cenário de “indescritíveis horrores, nos últimos anos”.
“A agressão de George W. Bush e Tony Blair, em 2003, a que muitos iraquianos compararam com as invasões mongóis do século XIII, foi outro golpe letal a mais” e conseguiu destruir “grande parte do que sobreviveu no Iraque, após as sanções da ONU impulsionadas por Bill Clinton”, acrescenta.
De acordo com Chomsky, uma das terríveis consequências que a invasão dos Estados Unidos e do Reino Unido deixou nesse país, conforme apresenta em um artigo para o jornal ‘The New York Times’, é a mudança radical que a cidade de Bagdá experimentou: dos bairros mistos de 2003 aos atuais enclaves sectários.
A região está em pedaços
“Os conflitos agravados pela invasão se estendeu para além e, agora, a região está em pedaços”, enfatiza o analista político. Boa parte da área do Tigre e do Eufrates está nas mãos do Estado Islâmico que, em sua avaliação, defende “a forma extremista do islã radical, que tem a sua casa na Arábia Saudita”.
“Um obstáculo importante para a propagação da praga do Estado Islâmico ao Líbano é o Hezbollah, um inimigo dos Estados Unidos e de seu aliado israelense”, aponta o filósofo. Além disso, o grupo jihadista é uma preocupação que, atualmente, tanto Washington como Teerã compartilham.
Em seu artigo, Chomsky também cita as palavras do correspondente do Oriente Médio para o jornal ‘The Independent’, Patrick Cockburn, que ressalta a contradição da reação do Ocidente diante do surgimento do Estado Islâmico: enquanto que, por um lado, lutam para impedir que o grupo jihadista avance no Iraque, por outro, esforçam-se em minar o Governo de Bashar al Assad, o grande rival desse agrupamento na Síria.
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