A Rússia limitou nesta semana seu abastecimento de gás para Polônia e Alemanha, elevando os temores da Europa de que Moscou use a energia como forma para responder às sanções impostas por Bruxelas. O fornecimento interrompido era usado pelos poloneses para abastecer a Ucrânia que, desde junho, foi privada da energia russa.
Em um documento, a UE afirma já estudar formas de acabar com a dependência da energia russa, o que reduziria o poder de barganha do Kremlin. Hoje, um terço do abastecimento de gás da Europa vem da Rússia e líderes europeus nunca esconderam que um dos maiores temores da crise no leste da Ucrânia seria o impacto que a tensão poderia ter nos mercados de energia. Mas, por enquanto, o alvo do corte é apenas a Ucrânia.
Ontem, o grupo polonês PGNiG confirmou que a russa Gazprom reduziu sua entrega de gás em 20%, na segunda-feira, e em 24%, no dia seguinte. A companhia polonesa afirmou que aguardava uma explicação. O corte obrigou a Polônia a interromper suas exportações de gás para a Ucrânia.
A empresa alemã E.ON declarou que sofreu uma redução do abastecimento russo, mas insistiu que os estoques que mantém são suficientes e não detalhou a redução. Já a Gazprom negou qualquer corte no fornecimento de gás. "No momento, a Polônia está sendo abastecida com 23 milhões de metros cúbicos por dia, o mesmo volume do abastecimento dos últimos dias", declarou a empresa russa.
Desde que as sanções europeias começaram a afetar a economia russa, o presidente Vladimir Putin tem afirmado que o abastecimento de gás pelos países do Leste Europeu para a Ucrânia é uma violação dos acordos fechados com a Gazprom. Diante da tensão, a UE já estudas formas de conseguir sua energia de outras fontes. Uma das opções estudadas tem sido o de estocar um maior volume de gás.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário