segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PETROBRAS - Congresso inflama repercussão da Veja.

Congresso inflama repercussão da Veja na CPMI da Petrobras



Jornal GGN - O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) tenta dar mais visibilidade para a reportagem capa da Veja “O delator fala”. Há um mês das eleições presidenciais, a Câmara e o Senado em calendário eleitoral deixaram de votar seis Medidas Provisórias, mas não desaceleram a CPMI. Dessa vez, a repercussão é sobre a delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e Vital pede à Justiça Federal do Paraná a cópia dos depoimentos.
O pedido do presidente da CPMI também foi direcionado ao Supremo Tribunal Federal, em uma tentativa de conseguir os arquivos o quanto antes. Enquanto não chegam, o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró é mais uma vez convocado a depor para os senadores e deputados, nesta quarta-feira (10).
A CPMI está investigando denúncias de irregularidades na estatal. Cerveró é autor do resumo do contrato apresentado ao Conselho de Administração da Petrobras, na defesa da compra com a petrolífera belga Astra Oil. O documento não consta as cláusulas Marlim (que asseguraria à empresa uma rentabilidade mínima de 6,9% ao ano) e put option (que obrigaria a Petrobras a comprar a parte da Astra Oil se houvesse conflito entre sócios).
Em maio, Nestor Cerveró disse em depoimento ao Senado que não agiu de má-fé ao ter tirado do resumo do contrato as informações sobre as duas cláusulas. Defendeu, todas as vezes, que a compra de Pasadena foi um bom negócio para a Petrobras.
Líderes partidários irão aproveitar o encontro de quarta-feira (10) para decidir sobre o acesso às informações da delação de Costa. A portas fechadas, a reunião no gabinete de Vital do Rêgo foi um pedido do líder do PPS, Rubens Bueno. “Quando há gravidade de uma situação como esta, o Parlamento tem de dar pronta resposta”, disse Bueno em explicação à pressão do Congresso.
A manchete que propagou incêndio no Legislativo desta semana divulga que Paulo Roberto Costa levantou o nome de, pelo menos, 31 parlamentares no esquema, além de ministro, ex-ministro, governadores e ex-governador, e que partidos aliados teriam recebido comissão sobre contratos fechados pela Petrobras com empreiteiras.
Para não deixar esfriar outra reportagem, a de O Globo que denunciou a doação de imóveis a parentes de Cerveró, o senador Rubens Bueno já apresentou, somente hoje (08), três requerimentos para convocar a esposa do ex-diretor e outras duas pessoas que estariam envolvidas no aluguel de apartamentos.
Do outro lado, senadores da base aliada que tiveram seus nomes publicados pela Veja como integrantes do esquema tentam a defesa.
Romero Jucá (PMDB-RR) enviou hoje uma carta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo: “tenho todo o interesse que estas acusações que envolvem a Petrobras e que irresponsavelmente tentam não sei por qual motivo envolver meu nome, sejam imediatamente concluídas”.
O senador confirmou que está a disposição do Ministério Público Federal para “prestar quaisquer esclarecimentos necessários independente de autorização do Supremo Tribunal Federal”, prerrogativa que Jucá tem na condição de parlamentar.
Na carta, o senador reitera que a revista cita “nomes sem citar fatos e apresentar provas”

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