quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ELEIÇÕES 2008 - Está chegando ao fim a prévia de 2010.

Blog do Rovai
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(02/10/2008 11:55)

As eleição municipais estão terminando neste fim de semana para a ampla maioria das cidades brasileiras. Sem o fim de segundo turno ainda será difícil dizer quem sai vitorioso, mas algumas eleições já se mostram como fundamentais para apontar os vitoriosos das urnas e as candidaturas quem saem mais fortalecidas, principalmente no que diz respeito à força de eleitoral de Serra, Aécio e Dilma.

As cidades chaves desta eleição são: São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro, BH e Natal.

Em São Paulo, Alckmim pelo jeito ficou pelo caminho e duvido que se mantenha no PSDB. A depender de outros resultados, ele pode liderar a debandada de uma ala paulista da tucanada. E fazer esse movimento, inclusive, junto com Aécio Neves. Há duas opções, a do PMDB, que em tese parece a mais convidativa, mas que é repleta de barqueiros-chefes diferentes em cada estado. Parece difícil, por exemplo, ver Alckmin dividindo o partido com o Quércia em São Paulo.

Por isso a canoa do PSB ganha importância e pode vir a ser o novo porto seguro dos anti-serristas. Ciro Gomes adoraria e aceitaria tanto ou ser vice de Aécio ou ser apenas candidato ao Senado pelo seu Ceará. Essa debandada tucana pode se fortalecer se Kassab ganhar a prefeitura, mas se Marta vier a superá-lo no segundo turno o cenário passa a ser outro. Serra vai ser cobrado pela derrota e pode se enfraquecer até para a disputa à presidência. Aí Aécio pode se manter no partido.

Porto Alegre – A capital gaúcha sempre foi a vitrine petista e se o partido nem for para o segundo turno isso pode impactar em Dilma. Não se pode esquecer que Dilma é gaúcha. E se o PT de lá ficar fora do turno final e Marta vier a ganhar em São Paulo, será que o grupo paulista aceita a candidatura da mãe do PAC numa boa? Eu duvido.

Salvador – Um segundo turno baiano com João Henrique e ACM Neto seria um desastre para os nordestinos petistas, em especial para o governador Jacques Wagner. Podem anotar que se isso vier a ocorrer a reeleição de Wagner passa a ser um projeto de risco, já que o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima começa sua campanha para conquista o Estado no dia seguinte ao resultado da capital, principalmente se João Henrique vier a ser reeleito.

Por conseqüência, isso fortaleceria a ala Serrista do PMDB. E Geddel se seguraria no governo até quando pudesse, mas depois se acertaria com Serra para enfrentar Wagner.

Rio de Janeiro – A vitória de Eduardo Paes, que parece quase um fato consumado deve fortalecer ainda mais o governador Sérgio Cabral. Ele não pode ser descartado como uma opção do PMDB para disputar a presidência da República. Não é fácil para o partido viabilizar a candidatura própria, mas isso também não pode ser completamente descartado.

BH – Depois da eleição é que o Acordo Mineiro vai vir à tona. É preciso saber se o PT de Pimentel entregou a prefeitura de mão beijada para a turma de Aécio ou se pode haver alguma contrapartida com vistas às eleições do governo. Mas a grande “fofoca mineira” é que Pimentel poderia migrar com o seu grupo para a canoa do PSB e ingressar no projeto de Aécio se ele viesse a fazer o mesmo movimento rumo ao partido de Ciro. Isso, sem dúvida, daria uma chacoalhada na disputa presidencial e deixaria o caminho livre para Patrus ser o candidato do PT, mas numa situação de fraqueza política.

Natal – Não se trata de uma grande capital, mas se tornou simbólica. Lula quer eleger Fátima Bezerra prefeita de qualquer jeito. Ele está com gosto de sangue na boca e pretende se vingar do senador José Agripino Maia, o pai-político da candidata Micarla, que disputa com Fátima. Pessoas próximas ao presidente dizem que já o viram brincar que se for o caso muda o domicílio eleitoral o Rio Grande do Norte e sai candidato ao Senado só para derrota Agripino em 2010. Se Lula vier a perder, isso lhe trará algum desgaste. Se ganhar, dá um exemplo de que não é muito bom se meter a besta com ele. E nesse caso, pode ficar ainda mais fortalecido para conduzir com tranqüilidade sua sucessão.

Claro que ainda é cedo para falar 2010, aliás, não conheço um político que diga algo diferente disso. Mas não se esqueça que em política cedo ou tarde são palavras com sentido bastante relativos.

Fonte: Blog do Rovai.

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