Há semanas, bem antes da eleição para o Parlamento Europeu e dos seus
resultados – que mostraram o Velho Continente dando uma guinada para a
direita e, em alguns casos, para a extrema-direita -, a nossa direita e
mídia tupiniquins vêm anunciando que a União Europeia sairá da recessão
porque cortou gastos governamentais e diminuiu o déficit público,
saneando suas contas públicas.
Um exemplo, segundo eles, a ser seguido pelo Brasil. Pregam estes profetas da nossa direita que, a exemplo da Europa, nós deveríamos cortar salários, gastos sociais e benefícios previdenciários. Eles nos dão, assim, uma ideia do que nos esperaria caso a oposição vencesse e governasse o Brasil.
Para se ter essa ideia precisa do que eles pretendem trazer, caso vençam em outubro, basta observar os dados sobre a Europa atual: o desemprego na Zona do Euro, hoje da ordem de 11,9%; crescimento do PIB em não mais que 1%; inflação em 0,7% com risco de deflação; e a recessão, que entre eles já perdura por uma década – aliás, como aconteceu também com o Japão.
Sem contar os altos e alarmantes índices de desemprego: como, por exemplo, na Espanha 25,9%; na Itália 12,7%; na Grécia 26,1%; e na França, com seus 3 milhões de desempregados e 2 milhões empregados precários.
É isto que nos aguarda e virá se a oposição vencer em outubro
Alarmados? Pois é isto que a oposição quer para nós e o que virá se ela vencer a eleição nacional em outubro próximo. Daí a insistência do candidato dos tucanos a presidente da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG) – estimulado por economistas como o ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga - no emprego das medidas impopulares que promete.
É evidente que tal pacote prometido por Aécio, que inclui o tarifaço no setor de energia e combustíveis – tal como na Europa – trará recessão e desemprego para o Brasil e desmonte da rede de proteção social. Sem resolver nossos atuais desequilíbrios econômicos e sociais, pelo contrário, trará para o país uma nova fase de desnacionalização e privatização da economia.
O cerne dessa proposta: por que acenam, prometem e comprometem-se com a adoção das tais medidas impopulares? Para preservar a hegemonia do capital financeiro, rentista e patrimonial sem resolver o problema central da nossa economia que é o seu financiamento, hoje inviabilizado pela pagamento dos juros da dívida interna – em média 11% e que consomem 5% do PIB. Um financiamento inviabilizado, também, pela atual estrutura tributária regressiva e indireta que penaliza a renda do trabalho e premia a especulação, o rentismo, o capital financeiro e a alta concentração de renda.
Não se iludam, meditem sobre essas propostas da oposição, mas reflitam sobre o que vamos colocar aqui, uma questão muitas vezes repetida aqui no blog pelo ex-ministro José Dirceu: sem enfrentar a questão do sistema financeiro e bancário de indexação de nosso economia, do controle de capitais, do câmbio e do papel do Estado, temas sobre os quais a oposição se cala, não avançaremos. E o mais grave: podemos é retroceder.
Um exemplo, segundo eles, a ser seguido pelo Brasil. Pregam estes profetas da nossa direita que, a exemplo da Europa, nós deveríamos cortar salários, gastos sociais e benefícios previdenciários. Eles nos dão, assim, uma ideia do que nos esperaria caso a oposição vencesse e governasse o Brasil.
Para se ter essa ideia precisa do que eles pretendem trazer, caso vençam em outubro, basta observar os dados sobre a Europa atual: o desemprego na Zona do Euro, hoje da ordem de 11,9%; crescimento do PIB em não mais que 1%; inflação em 0,7% com risco de deflação; e a recessão, que entre eles já perdura por uma década – aliás, como aconteceu também com o Japão.
Sem contar os altos e alarmantes índices de desemprego: como, por exemplo, na Espanha 25,9%; na Itália 12,7%; na Grécia 26,1%; e na França, com seus 3 milhões de desempregados e 2 milhões empregados precários.
É isto que nos aguarda e virá se a oposição vencer em outubro
Alarmados? Pois é isto que a oposição quer para nós e o que virá se ela vencer a eleição nacional em outubro próximo. Daí a insistência do candidato dos tucanos a presidente da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG) – estimulado por economistas como o ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga - no emprego das medidas impopulares que promete.
É evidente que tal pacote prometido por Aécio, que inclui o tarifaço no setor de energia e combustíveis – tal como na Europa – trará recessão e desemprego para o Brasil e desmonte da rede de proteção social. Sem resolver nossos atuais desequilíbrios econômicos e sociais, pelo contrário, trará para o país uma nova fase de desnacionalização e privatização da economia.
O cerne dessa proposta: por que acenam, prometem e comprometem-se com a adoção das tais medidas impopulares? Para preservar a hegemonia do capital financeiro, rentista e patrimonial sem resolver o problema central da nossa economia que é o seu financiamento, hoje inviabilizado pela pagamento dos juros da dívida interna – em média 11% e que consomem 5% do PIB. Um financiamento inviabilizado, também, pela atual estrutura tributária regressiva e indireta que penaliza a renda do trabalho e premia a especulação, o rentismo, o capital financeiro e a alta concentração de renda.
Não se iludam, meditem sobre essas propostas da oposição, mas reflitam sobre o que vamos colocar aqui, uma questão muitas vezes repetida aqui no blog pelo ex-ministro José Dirceu: sem enfrentar a questão do sistema financeiro e bancário de indexação de nosso economia, do controle de capitais, do câmbio e do papel do Estado, temas sobre os quais a oposição se cala, não avançaremos. E o mais grave: podemos é retroceder.
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