“Prévia do PIB” tem maior alta em seis anos. É o veneno dos falsos indicadores.

  Autor: Fernando Brito

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou alta de 1,51% em julho, divulgou-se agora de manhã.
Significa tanto quanto a queda (também 1,51%) registrada no mês passado.
Só que aquela foi apresentada como sinal de que o Brasil havia entrado em recessão.
O que é tão falso quanto dizer que, agora, entrou numa explosão de crescimento.
Só que a primeira falsidade é vendida sem ressalvas pela mídia.
E a segunda, é claro, recusada com toda a veemência.
É evidente que a economia brasileira está andando “de lado”, não apenas pelo quadro frágil da economia mundial como, também, pelo fato de que muitos dos agentes econômicos, mais que nunca, tornaram-se cabos eleitorais e sabotam o quanto podem o processo de livre formação da consciência do povo brasileiro.
Não podem, portanto, reclamar – como fazem na Folha – de que a campanha de Dilma os “sataniza”.
Afinal, a grande maioria de seus porta-vozes estão há tempos “satanizando” o governo, mesmo que este esteja, de todas as formas, sacrificando suas receitas, com sucessivas desonerações tributárias, para manter o nível da atividade econômica.
Ou vimos algum empresário vir a público defender os gastos em infraestrutura, a manutenção do poder de compra dos salários, do nível de empregos?
A variação do Índice de Atividade  Econômica, tanto a para baixo quando a para cima, tem a explicação óbvia de que junho, em função da Copa, houve uma evidente atipicidade no funcionamento do país.
Mas, é claro, esta obviedade só vai ser vista agora, para desqualificar o dado positivo. O negativo, ah, esse serve para a política…