Indústria interrompe ciclo de queda e avança 0,7%
Assim, o setor industrial acumulou queda nos sete meses do ano (-2,8%), intensificando o recuo registrado no primeiro semestre de 2014 (-2,6%). A taxa acumulada nos últimos doze meses, com o recuo em julho de 2014 (-1,2%), manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2%) e assinalou o resultado negativo mais elevado desde janeiro de 2013 (-1,5%).
De acordo com o IBGE, o crescimento apurado entre os meses de junho e julho alcançou três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 24 ramos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (44,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,5%), com o primeiro apontando a expansão mais intensa desde o início da série histórica e interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas que acumularam redução (-38,1%); e o segundo eliminando parte da perda de 18,1% acumulada nos meses de maio e junho.
Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram dos ramos de outros equipamentos de transporte (31,3%), de máquinas e equipamentos (7,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,1%), de outros produtos químicos (2,4%), de confecção de artigos de vestuário e acessórios (8,6%), de produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,0%), de produtos têxteis (5,9%), de produtos de minerais não-metálicos (2,5%) e de indústrias extrativas (1,1%). Com exceção do último setor que mostrou taxa positiva pelo quinto mês seguido, as demais atividades apontaram resultados negativos em junho.
Entre os quatro ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por produtos alimentícios (-6,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%). O primeiro setor interrompeu três meses de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 6,9%, e o segundo eliminou parte do avanço de 6,5% alcançado no mês anterior.
Entre as grandes categorias econômicas, a comparação com o mês imediatamente anterior destaca o avanço de 20,3% visto pelos bens de consumo duráveis - a expansão mais acentuada nesse mês, interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas, período em que a perda acumulada chegou a 30,9%. O segmento de bens de capital (16,7%) reverteu quatro meses seguidos de queda na produção, com perda acumulada de 19,2% nesse período.
O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%), que também apontou resultado positivo nesse mês, repetiu o índice do total da indústria (0,7%), e eliminou parte do recuo de 1,4% registrado no mês anterior. O segmento de bens intermediários (-0,3%) assinalou a única taxa negativa em julho de 2014 e marcou o quarto mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período redução de 1,6%.
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