Pau que bate em Chico bate também em Francisco, Marina e Aécio
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
Quando
o PT e suas lideranças resolveram lançar o mote “A verdade vai vencer a
mentira” é devido às milhares de obras de infraestrutura, grandes,
médias e pequenas, além de dezenas de programas sociais, que estão em
pleno andamento e são escondidos, peremptoriamente, pela imprensa de
mercado e por outros segmentos hegemônicos, que atuam e agem nas
diferentes igrejas, no Judiciário, no Congresso e nas associações e
sindicatos patronais.
Trata-se
do poderoso sistema midiático privado, que se transformou em partido
político de direita e que, sistematicamente, boicota os avanços sociais e
econômicos conquistados pelo povo brasileiro, pois a intenção é fazer
com que não haja reconhecimento das conquistas, bem como a finalidade é
fazer com que elas fiquem no esquecimento, como se nunca tivessem
existido.
Contudo,
torna-se necessário e urgente ao PT e à sua coalizão partidária
reaprenderem a rebater, com ênfase e determinação, as mentiras e as
manipulações provenientes da imprensa de negócios privados e também dos
que se aninham debaixo de suas asas, a exemplo dos tucanos do PSDB,
principalmente os paulistas.
Asas
conservadoras que ainda não se abriram totalmente à Marina Silva,
política hospedeira do PSB, que não possui equipe e muito menos programa
de governo confiável, no sentido de suas propostas resguardarem os
interesses do Brasil e as conquistas sociais e financeiras dos
trabalhadores deste País.
Por
isto e por causa disto, o PT não pode vacilar, porque são 12 anos de
luta incessante para que o Brasil se desenvolvesse, a partir de
programas sociais e obras de infraestrutra, que garantiram a quase plena
empregabilidade, bem como propiciou que mais de 30 milhões de pessoas
superassem a linha de pobreza, bem como mais de 40 milhões chegassem à
classe média.
Cidadãos
brasileiros, trabalhadores, estudantes e donas de casa que se tornaram
consumidores e, consequentemente, a cooperar para que o Brasil
vivenciasse um ciclo formidável de crescimento, somente comparável aos
anos dos governos trabalhistas do estadista Getúlio Vargas.
Nunca
o Brasil distribuiu renda e riqueza de uma forma tão uniforme, o que
propiciou que todas as classes sociais e segmentos de atividades
econômicas pudessem crescer, ao ponto de o mercado interno brasileiro se
tornar tão poderoso e, por seu turno, efetivar uma rede de proteção
social e econômica que impediu que a crise internacional de 2008
afundasse a economia brasileira, como aconteceu nos países da União
Europeia e nos Estados Unidos.
Todas
as questões postas na mesa têm de ser explicadas com acuidade e
desenvoltura pelo PT e suas lideranças, a começar pela presidenta Dilma
Rousseff e pelo maior cabo eleitoral da América Latina, o ex-presidente
trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva. Do contrário, o PT vai continuar a
ser um saco de pancadas, tal qual a um boxeador que levou um direto,
não caiu, mas grogue com as pancadas, mal tem a capacidade de se
defender quanto mais efetivar ataques incisivos aos seus oponentes.
Adversários
e inimigos perniciosos e funestos. No caso, a imprensa corporativa, de
caráter neoliberal, portanto, entreguista, e seus aliados que,
fracassados e incompetentes, abrigam-se em seu guarda-chuva elitista,
sectário e que dá guarida aos conservadores do PSDB, DEM e PPS.
O
guarda-chuva que cobre também as cabeças dos candidatos nanicos, à
direita e também à esquerda. “Candidatos” a presidente da República,
porém, a ter como único propósito atacar a presidenta Dilma Rousseff, o
Lula, o Governo Trabalhista e o PT, como deixou claro e livre de
equívocos e enganos o horário eleitoral, as entrevistas e os debates
transmitidos pelas televisões e rádios pertencentes aos magnatas
bilionários de imprensa familiar, que ora estão em dúvida quanto às
reais condições de Marina Silva, a “Sonhática”, assumir a Presidência de
um País poderoso e complexo como o é o Brasil.
O
Brasil é tão poderoso e rico que a direita partidária, a Casa Grande
empresarial e os coxinhas de classe média se recusam a sair do País,
porque sabem que viver em Pindorama tem futuro, bem como compreendem que
se conquistarem o poder vão viver ainda melhor do que vivem, pois vão
efetivar um programa de governo e um projeto de País draconiano, que os
permitirão a voltar aos tempos da ditadura militar e dos governos
Collor, Sarney e Fernando Henrique.
Governos
e governantes conservadores que apostaram, no passado, em um País VIP,
alinhado sumariamente aos interesses dos EUA e da UE, suas cortes,
tratadas como patrões, pois a elas subordinados e subservientes. A
direita que deseja e luta por um Estado que deixe de ser o indutor e o
fiscalizador do desenvolvimento econômico e social e passe a ser apenas
uma plataforma para esses grupos sociais e econômicos darem suas
piruetas e se locupletarem a despeito das necessidades e dos interesses
da grande maioria do povo brasileiro.
O
PT e líderes como Lula e Dilma têm de abrir a boca, fazer comparações e
serem duros com quem manipula e mente sobre os números, os índices e as
conquistas acontecidos nos últimos 12 anos. Não é complexo responder à
altura àqueles que tratam o Brasil como pária dos países ricos, pois, a
ser assim, a Casa Grande só tem a ganhar, como ocorre desde os tempos do
Brasil Colônia.
Marina
Silva, a “Sonhática”, cujas palavras e pensamento ninguém compreende,
tem de ser desmascarada, e, mais do que isto, desconstruída em suas
peripécias e dubiedades. Marina tem de ser mostrada como ela o é:
incoerente, inconstante, sem ideologia, vazia de propostas e cooptada
pelo mercado de capitais.
A
candidata hospedeira do PSB, que não é PSB, bem como não conseguiu
regulamentar junto ao TSE a Rede Sustentabilidade, tem de explicar os
seis anos em que ela foi ministra do Meio Ambiente e fracassou no que é
relativo ao desmatamento, à proteção das matas ciliares, dos rios e
riachos.
Explicar
também o porquê de não ter conseguido diminuir os índices de poluição,
além de jamais ter efetivado um diálogo sincero com os sindicatos dos
trabalhadores rurais, com os empresários do agronegócio e com os médios e
pequenos produtores, já que o Ministério do Meio Ambiente é
intrinsecamente ligado às questões ecológicas, bem como discute assuntos
concernentes à produtividade rural, além de tratar também de temas
complexos referentes aos índios.
Pelo
contrário, a única coisa que a candidata dos banqueiros fez foi
paralisar obras realizadas por todo o Brasil, muitas delas de enorme
importância para a economia e a população brasileira. Ligada a grandes
ONGs nacionais e internacionais, Marina passou a ser uma adversária
dentro do próprio Governo Trabalhista, e a única solução foi a sua saída
do Ministério de Lula.
Após
sua exoneração, assumiu o cargo de ministro no Ministério do Meio
Ambiente o deputado carioca, Carlos Minc. O ministro, em menos de dois
anos, resolveu problemas, atingiu metas e achou soluções para casos
polêmicos e complexos muito mais do que Marina Silva, que tem enorme
dificuldade para ouvir e dialogar.
A
“Sonhática”, além de centralizar as decisões, demora para efetivá-las,
bem como é portadora de uma personalidade com viés messiânico. Enfim,
Marina coloca em risco todo um programa de Governo e projeto de País
vitoriosos, independente do que considera ou deixa de considerar a
imprensa burguesa e seus áulicos, que vicejam na sociedade, entretanto,
teleguiados por ela.
A
questão primordial é vencer a mentira e a desinformação. E o ringue
para derrotar os mentirosos é o horário eleitoral veiculado nas tevês e
rádios. Só que o PT tem de reaprender a bater, como o fazia no passado,
para que o povo brasileiro veja, ouça e observe as realidades e as
verdades.
Não
é justo e nem justificável que os governantes trabalhistas, Lula e
Dilma, sejam alvos de mentiras e as conquistas de seus governos, de suas
equipes e dos trabalhadores brasileiros, que acreditaram no Brasil e
empreenderam um desenvolvimento jamais visto antes neste País sejam
desacreditados, sabotados, boicotados e, sobretudo, não mostrados pela
imprensa alienígena e de passado golpista, que se transformou no
principal partido oposicionista e de direita deste País.
Aécio
Neves é retrocesso. Ele é o Fernando Henrique mais novo, mas com
pensamentos e ideias velhos, superados e ultrapassados pelas realidades
atuais e, principalmente, pelo fracasso que foi a política econômica
neoliberal empreendida pelos tucanos, que o foram, irrefragavelmente,
reprovados pelo povo brasileiro em três eleições.
Sobre
Marina Silva, já disse o que tinha de dizer. Ela é messiânica e dúbia,
características principais dos governantes que, no decorrer da história
da humanidade, criaram e fomentaram crises políticas e econômicas que os
levaram à guerra, à deposição e à renúncia. Marina compôs com o que tem
mais de atrasado, no que tange ao fundamentalismo religioso e
mercadológico. Ah, isto Marina representa, sem dúvida. O perigo mora
aí.
O
Partido dos Trabalhadores tem de se defender e reaprender a atacar.
Recado ao PT: pau que bate em Chico bate também em Francisco, Marina e
Aécio. É isso aí.
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