Imperdível: “O Brasil Privatizado” será relançado hoje com debate na capital paulista
Quem estiver na capital paulista, nesta 2ª feira (15.09), não pode deixar de ir ao relançamento de “O Brasil Privatizado”, do jornalista Aloysio Biondi, sobre o desmonte do Estado brasileiro no governo FHC. O evento será marcado por um debate – vejam vocês, como é imperdível!!! – com os jornalistas Jânio de Freitas, da Folha de S.Paulo, Amaury Ribeiro Jr. (autor de A Privataria Tucana), além do economista Luiz Gonzaga Belluzo e o filho de Aloysio, Antônio Biondi.
Antônio Biondi coordena o projeto O Brasil de Aloysio Biondi, reunindo o pensamento do pai no site http://www.aloysiobiondi.com.br. O relançamento acontece logo mais, a partir das 19h, no Sindicato dos Engenheiros (rua Genebra, nº 25 – Centro), em São Paulo, ali junto da Câmara Municipal paulistana.
Publicado pela Fundação Perseu Abramo, em 1999, um ano antes da morte do jornalista, “O Brasil Privatizado” denuncia, com dados e números, o verdadeiro desmonte do Estado promovido pelas privatizações patrocinadas pelo governo FHC. Mostra, por exemplo, que o governo tucano gastou R$ 87,6 bi preparando as estatais para que elas pudessem leiloadas, quando a receita obtida com os leilões foi de R$ 85,2 bi.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, Antônio Biondi comentou a atualidade e a importância da obra de seu pai: “Esse livro tem tudo a ver com o debate de projetos que está em curso nesta eleição. É uma discussão atualíssima. O livro ajuda a entender desde o Pastor Everaldo, que apregoa o Estado Zero, até os programas do PSDB e do PSB, que privilegiam os interesses do mercado financeiro, passando por questões em que os governos petistas deixaram a desejar nos últimos anos, apesar dos avanços”.
Segundo ele, “a imprensa brasileira promoveu um vazio nesse campo. E a gente tem esse vazio muito presente”. Biondi também questiona nesta entrevista se “aquela moçada que foi para a rua no ano passado, uma parte ‘contra tudo isso que está aí’, e uma parte com causas muito justas e objetivas, tem consciência de que existem ‘agentes econômicos’ agindo diariamente, e nem sempre a favor do futuro do país? ”
Ele se pergunta, também, aquela moçada: “tem ideia de que não existe ‘mágica’ em economia real?” Tem “noção do potencial de empresas públicas fortes e sólidas quando regidas sob um ambiente verdadeiramente democrático – isto é, sob controle social, e não do mercado – e daí a importância de se ampliarem os mecanismos de participação social?”.
Em sua visão – e estamos completamente de acordo com ele – “o livro pode ajudar muito essa juventude que está interessada em compreender o país. Entender o que se passou lá atrás, e entender o que pode acontecer lá na frente”. Confiram aqui a íntegra da entrevista de Antônio Biondi à Rede Brasil Atual.
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