quarta-feira, 3 de setembro de 2014

GEOPOLÍTICA - OTAN, 65 anos.

OTAN, 65 anos e muitos fracassos depois, não aprendeu 



A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a exemplo do que fez na Líbia há pouco, está de novo posando de bem intencionada, quando na verdade se prepara para ser testa de ferro de mais uma intervenção militar em um país autônomo e independente, agora na Ucrânia.


Seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen, antecipou que os líderes dos países aliados (são 28) vão aprovar esta semana um plano de ação para dotar a Organização de capacidade para dar resposta ao comportamento “agressivo” da Rússia na crise ucraniana. “Vamos assegurar a capacidade e a preparação da OTAN, capaz de defender os aliados de qualquer ataque”, afirmou Rasmussen, em entrevista coletiva, em Bruxelas, sobre a reunião da Aliança (militar) Atlântica esta semana no País de Gales.
Segundo ele, os 28 chefes de Estado e de governo dos paises que integram a Organização vão analisar um plano de ação rápida, para fazer com que a Aliança Atlântica fique mais “ágil do que nunca”, na defesa coletiva dos Estados-membros. “O plano é a resposta ao comportamento agressivo da Rússia, mas também permite que a OTAN responda aos diferentes desafios de segurança, de onde quer que venham”, dourou Rasmussen em seu esforço para camuflar a intenção de uma intervenção militar na parte Leste da Ucrânia que motiva o litígio com a Rússia.


Força de intervenção terá milhares de soldados


Mesmo assim, Rasmussen foi mais longe: embora tenha se recusado a precisar números, informou que a força será composta por milhares de soldados, em esquema de rotatividade do recrutamento nos diversos países. E atuará com o apoio de meios terrestres, aéreos e marítimos, e das “forças especiais”.
“Vai se reforçar de forma significativa a capacidade de resposta da OTAN. Vai desenvolver-se aquilo que se pode chamar ‘vanguarda’ da nossa capacidade de resposta: uma força de ação muito rápida e que pode ser projetada em pouco tempo”, afirmou.
A Otan tem 65 anos e não muda. Vem de 1949, montada no início da confrontação da Guerra Fria, para fazer frente às forças do Pacto de Varsóvia, liderado pela extinta URSS. Mas parece até piada ela falar, agora, em fazer frente ao comportamento “agressivo” da Rússia, e depois dos fracassos que acumulou no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria…
Isso sem falar que a maioria dos governos que a integram não tem dinheiro nem para manter os salários das Forcas Armadas dos 28 países que a compõem. Mas preparem-se. A OTAN vem aí, está se preparando pra invadir a Ucrânia contra a Rússia. Preparem-se, de novo vamos ver aquele teatro de que o faz sob a fachada de força de paz para proteger direitos humanos, democracia, etc. Mentira é para atender interesses dos EUA e demais potências ocidentais.

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