sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Nova sub variante da Covid espalha-se rapidamente.

 

XBB.1.5 é a nova subvariante da Covid e espalha-se rapidamente

A OMS fala num aumento rápido mas acredita-se que os sintomas sejam semelhantes às outras variantes da Omicron. Entretanto, o fim da política da Covid Zero na China e o aumento de casos fez com que muitos países imponham restrições.
Viajantes provenientes da China chegam ao aeroporto de Schiphol, na Holanda. Foto de ROBIN VAN LONKHUIJSEN/EPA/Lusa.
Viajantes provenientes da China chegam ao aeroporto de Schiphol, na Holanda. Foto de ROBIN VAN LONKHUIJSEN/EPA/Lusa.

Uma nova subvariante da variante Ómicron do Vírus SARS-CoV-2, a XBB.1.5, está a propagar-se rapidamente em vários países. O Grupo Consultivo Técnico Organização Mundial de Saúde anunciou esta quarta-feira que está a avaliar o “aumento rápido” desta estirpe, que tem “uma vantagem de crescimento” sobre as outras, em pelo menos 35 países, sendo os casos mais graves Singapura e Índia.

Nos Estados Unidos, a XBB.1.5 é agora responsável por 40% dos casos de Covid-19 quando na semana passada era apenas responsável por 20%, comunicou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças. O organismo responsável pelo combate à Covid-19 nos EUA informa ainda que em regiões como Nova Iorque a percentagem da nova subvariante é já de 75%, sendo que, considera, esta “pode ser mais transmissível do que outras variantes” mas ainda não está confirmado se tem efeitos “mais graves”. Acredita-se que os seus efeitos sejam semelhantes às outras variantes da Omicron com sintomas que se parecem com a constipação.

A XBB.1.5 foi pela primeira vez identificada em agosto na Índia e é uma fusão das variantes BJ.1 e BA.2.75. O seu crescimento nos EUA acontece quando todos os olhos estão virados para a China depois do fim da política de “Covid Zero” que vigorou durante cerca de três anos. O travão a fundo na política de confinamento generalizado causou, segundo as estimativas de Zeng Guang, membro do Painel de Especialistas de Alto Nível da Comissão Nacional de Saúde, citado pela Lusa, a infeção de 600 milhões de pessoas durante o último mês, ou seja, 40% da população. Apesar do rastreamento sistemático e da comunicação de números de infeções ter terminado, o mesmo responsável informou que a maior parte das cidades do país está a comunicar que pelo menos metade da sua população foi infetada nas últimas semanas e que em Pequim e Xangai os números foram ainda maiores respetivamente com perto de 80% e de 70%.

Face a este aumento de casos, vários países começaram a aplicar testes e restrições à entrada de passageiros oriundos da China. Esta quarta-feira, uma reunião de crise de especialistas da União Europeia “encorajou fortemente” os países deste espaço a exigirem a apresentação de testes feitos até 48 horas antes a quem chegue daquele país asiático e a realizar testagens aleatórias a estes e ainda a testar as águas residuais. Para além disso, recomenda-se que os passageiros que venham ou vão para lá usem máscaras durante o voo.

Vários outros países estão a impor medidas semelhantes. Os Estados Unidos também passaram a exigir testes negativos realizados até dois dias antes ou documentos a provar que o passageiro recuperou do vírus num espaço de 90 dias. O mesmo acontece com a Austrália, Canadá, Israel e Qatar.

O Reino Unido junta a esta medida testes aleatórios à chegada e Gana, Japão e Coreia do Sul, para além da apresentação dos resultados dos testes farão as suas próprias testagens à chegada dos passageiros.

Por sua vez, a Índia fixou um prazo de 72 horas e não de 48 para os resultados dos testes a apresentar e inclui outros países asiáticos na obrigatoriedade da sua apresentação. Marrocos optou por uma abordagem ainda mais dura, banindo todas as entradas de pessoas provenientes da China.

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