O projeto, de codinome "GW", forneceria serviços de Internet e poderia ser usado para espionar redes rivais e realizar missões anti-Starlink, afirma imprensa chinesa.
© AP Photo / Liu Xu / Xinhua
O projeto, de codinome "GW", forneceria serviços de Internet e poderia ser usado para espionar redes rivais e realizar missões anti-Starlink, afirma imprensa chinesa.
A competição pela exploração do espaço e da órbita baixa da Terra ganhará um novo capitulo nos próximos anos com o lançamento de uma constelação de satélites chinesa que pretende evitar o monopólio da SpaceX.
De acordo com informações do South China Morning Post, Pequim planeja construir uma enorme rede de satélites na órbita próxima à Terra para fornecer serviços de Internet a usuários de todo o mundo.
O plano, dizem cientistas consultados pela publicação, é "sufocar a empresa Starlink, do bilionário Elon Musk".
O projeto tem o codinome "GW" e é liderado pelo professor Xu Can, da Universidade de Engenharia Espacial do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.
A equipe de Xu disse que o governo chinês também poderia cooperar com outros governos para formar uma coalizão anti-Starlink e "exigir que a SpaceX publique os dados orbitais precisos dos satélites Starlink".
Eles acrescentaram que novas armas chinesas, incluindo lasers e microondas de alta potência, também poderiam ser "usadas para destruir satélites Starlink que passam sobre a China ou outras regiões sensíveis".
Um trabalhador segura um guarda-chuva perto da espaçonave Shenzhou-12 coberta na plataforma de lançamento perto de parte das palavras chinesas para "Centro de Lançamento de Satélites China Jiuquan" perto de Jiuquan, China, 16 de junho de 2021
A constelação GW incluirá 12.992 satélites, embora o cronograma de lançamento desses objetos ainda é desconhecido. O número rivalizaria com a escala da rede planejada da SpaceX, estimada em 12 mil satélites.
Segundo Xu Can, a constelação GW evitaria que a constelação Starlink se apropriasse excessivamente dos recursos de órbita baixa. Ele também explicou que os satélites chineses deverão ser equipados "para realizar várias missões, como vigilância dos satélites Starlink".
A rede Starlink, atualmente com mais de 3.000 satélites em órbita, deve crescer para mais de 40.000 satélites, de acordo com a SpaceX.
Os satélites de Elon Musk podem receber dados do Departamento de Defesa dos EUA para planejar ou coordenar suas posições e são equipados com sensores de vigilância para monitorar o ambiente espacial.
Com informações da Sputnik News
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