O Escândalo era o Trabalho Escravo . Mas o Pioneiro, Jornal regional da RBS destacou em manchete O MAIOR RESGATE DA HISTÓRIA DA SERRA. E muito antes disto a filha do Dono de uma das Vinícolas serviu de garota propaganda para uma estranha a meritocracia; "sobrenome não garante emprego", disse ela, como principal Diretora da empresa do pai. Saberia ela o sobrenome dos trabalhadores baianos libertos do "trabalho" escravo nas vinhas que fornecem uvas pra sua empresa?
Nunca antes havia sido identificado Trabalho Escravo em tais proporções no Rio Grande do Sul. Escandaloso e vergonhoso. Não por coincidência isto acontece numa região onde o bolsonarismo se mostrou forte nas urnas. É uma maneira estranha de ver o mundo, respaldada por narrativas várias. inclusive através da mídia dominante. Senão vejamos:
O Escândalo era o Trabalho Escravo . Mas o Pioneiro, Jornal regional da RBS destacou em manchete O MAIOR RESGATE DA HISTÓRIA DA SERRA. E muito antes disto a filha do Dono de uma das Vinícolas serviu de garota propaganda para uma estranha a meritocracia; "sobrenome não garante emprego", disse ela, como principal Diretora da empresa do pai. Saberia ela o sobrenome dos trabalhadores baianos libertos do "trabalho" escravo nas vinhas que fornecem uvas pra sua empresa?
Segundo as Vinícolas envolvidas (Salton, Aurora e Garibaldi) elas não sabiam e não tem nada com isto. E dizem que pagam R$ 6.500,00 por cada trabalhador a empresa terceirizada.
Mas se paga toda esta grana por trabalhador, por que não contratar Diretamente, como temporário, mas legalmente e sem submeter a Escravidão?
A Legislação Trabalhista foi de tal forma distorcida com a "Deforma Trabalhista" do governo Temer, que a contratação como temporário custaria menos que isto. Mas parece que o que querem é subserviência mesmo.
E querem tanta, que se valem de outro empresário que apesar de baiano já atua na região serrana há bastante tempo e servindo de anteparo de "terceirizada" não só na colheita da uva, mas também de outras frutas, ao que consta.
Trabalho Escravo é crime. Mas alguns dias depois do acontecido, não há dinheiro que não mude narrativas, agarrando-se inclusive na lei...e na mídia.
E foi tão escandaloso, que as Vinícolas, com faturamento milionário, nem se preocupam em ter um setor de publicidade preocupado com possíveis noticias negativas. Levaram dias pra se pronunciar...e jogar a culpa na terceirizada, uma espécie de feitor de escravos em tempos modernos.
Esperavam que só o apoio da mídia amiga, paga a preço de ouro com a publicidade e com prováveis jabás, fosse suficiente para convencer a sociedade que afinal de contas as uvas ainda não são vinho e portanto o trabalho escravo usado para colhe-las e carregá-las não teria nada a ver com os sucos, vinhos, espumantes e outros produtos fabricados pelas vinícolas.
Afinal, as vinícolas, como diz a filha do dono de uma delas, são dos seus donos, por que estes as "mereceram", assim como ela e os diretores(as) das empresas estão lá por "mérito" e não por relações.
Pobres trabalhadores nordestinos que não tem formação, e portanto não há mérito e logo, podem ser contratados sob condições vis. devem pensar muitos viticultores serranos, descendentes de imigrantes italianos.
Pobres de nós gaúchos, que temos a nos informar uma mídia como a RBS, que se esmera em defender o empresariado em suas manchetes a ponto de eles acharem que não carecia o pronunciamento deles, que veio enfim, quase uma semana depois.
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