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PMs são investigados por suspeita de acobertar trabalho escravo na colheita da Uva em Bento Gonçalves
A corregedoria da Brigada Militar e a Polícia Federal investigam a participação de policiais militares na exploração de um grupo de mais de 200 trabalhadores em Bento Gonçalves. Em depoimentos prestados após o resgate, homens relataram terem sido espancados e ameaçados por PMs. A informação foi apurada pelo jornal Pioneiro. Nos depoimentos colhidos, são mencionados dois soldados, mas o número pode ser maior e há indícios de que policiais faziam serviços particulares para empresários da Serra, o que não é permitido. Segundo os relatos, policiais tinham um acordo com o proprietário do alojamento onde o grupo era mantido em condições precárias durante a colheita da safra de uva. De acordo com um dos safristas, um suposto PM, identificado como “sargento” teria dito que “quem reclamasse ou filmasse as condições da pousada seria morto”. Testemunhas que socorreram trabalhadores que fugiram do alojamento contam que eles imploraram para que não fosse acionada a BM porque tinham receio de represália. Passado o resgate na semana passada e mesmo com o acolhimento recebido já na Bahia, o trauma para algumas das vítimas prossegue. Alguns deles revelaram que têm receio de voltar para as cidades de onde saíram por medo de serem reconhecidos e sofrerem retaliações. Parte dos integrantes do grupo poderá ser encaminhada ao programa de proteção à testemunha. Combate ao trabalho escravo – Empresários do setor produtivo e turismo local afirmaram que o caso foi "pontual". O grupo encontrou-se com a prefeitura de Bento e anunciou medidas para evitar novos episódios de exploração. No pacote, está a implementação de uma força-tarefa de fiscalização em alojamentos. Na Assembleia, os deputados estaduais Matheus Gomes (PSOL), Laura Sito (PT) e Bruna Rodrigues (PCdoB) propuseram comissão para investigar combate ao trabalho escravo no RS. Com Informações de MATINAL |
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