Centrais sindicais protestam em frente ao BC contra elevação dos juros
Convocados pelas centrais sindicais, manifestantes ocupam a frente da sede do Banco Central em São Paulo, na Avenida Paulista, nesta segunda-feira (19), para pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) a não elevar a taxa básica de juros (Selic).
Centrais sindicais protestam em frente ao BC contra ameaça de elevação dos juros
O comitê deve se reunir nesta terça e quarta, em Brasília, para discutir a questão. A expectativa do mercado é que, após três reuniões consecutivas sem alteração na Selic – que está em 14,25% ao ano –, o colegiado retome o ciclo de elevações aumentando a taxa em 0,5 ponto percentual.“Estamos unidos contra a crise, contra o desemprego e pela volta do crescimento econômico. Sabemos que a tendência dos juros é subir e que isso é um desastre para a economia. Os juros altos inviabilizam os investimentos, o crédito e contribuem para o aumento do desemprego”, afirma Wagner Gomes, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
O sindicalista informa ainda que a manifestação “é mais uma das ações das centrais sindicais pela continuidade do Compromisso pelo Desenvolvimento divulgado pelas entidades em dezembro passado”.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, defende que a elevação dos juros pode trazer prejuízos aos trabalhadores. “O aumento da taxa de juros significa mais desemprego, menos produção e menos consumo. Os trabalhadores estão preocupados com essa política do governo de juros altos. Aumentar a taxa de juros é continuar com a recessão, o desemprego.”
Josimar Andrade, dirigente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), acredita que a alta dos juros não inibe a inflação. “Não é só aumentando os juros que vai segurar a inflação. A UGT não concorda com essa política de centrar o foco exclusivamente elevando a taxa de juros”, disse o sindicalista.
Do Portal Vermelho, com informações da Agência Brasil e CTB
Nenhum comentário:
Postar um comentário