Em Brasília, tivemos a volta nesta semana do Legislativo. E se na eleição para a presidência da Câmara não houve surpresa, com a recondução de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Casa, no Senado houve até uma certa emoção. Porém, igualmente sem zebra, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) somou 49 votos, contra 32 do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN).
Mas como fica a situação política a partir de agora? A reeleição de Pacheco acaba colocando um freio ao ímpeto da crise institucional criada por bolsonaristas. Para saber a avaliação de parlamentares e especialistas, confira a análise aqui.
E o Marcos do Val, hein?
Tivemos uma quinta-feira agitada em Brasília... O senador bolsonarista (ou ex?) Marcos do Val (Podemos-ES) disse ter sido acionado pelo ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) para conversar com o ministro do STF Alexandre de Moraes com o objetivo de gravar o magistrado e tentar captar algo comprometedor na fala do presidente do TSE. Além de Bolsonaro, haveria um acerto com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Mas demoraram poucas horas para o senador mudar sua versão, dizendo em entrevista coletiva que a iniciativa teria sido de Daniel Silveira (PTB), buscando livrar a responsabilidade do ex-presidente. Ele também recuou do anúncio de que iria deixar o mandato.
No meio dessa mudança de rota, se encontrou com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e seu alvo passou a ser o ministro do STF Alexandre de Moraes. E o parlamentar alegou que teria mentido para envolver o ex-presidente. Uma versão seguida a outra, mas com uma intenção evidente, agora, de tentar comprometer um magistrado do Supremo e promover uma CPI para proteger golpistas.
Mas você sabe quem é Marcos do Val? Entre aspectos relacionadas ao personagem, tem uma ligação com a Swat e o treinamento do elenco do filme Tropa de Elite. Se você não leu, leia já.
Entrevista exclusiva? Temos!
E quem não gosta de um bom bate-papo com personalidades importantes da política brasileira. Se este é o seu caso, confira como foi a entrevista com a primeira presidenta indígena da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana. Ela falou sobre as ações emergenciais do governo federal para enfrentar a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami. "[A expulsão dos garimpeiros] é o mínimo que se espera da Funai. Mas nesse primeiro momento estamos reconstruindo o país todo", afirmou. A entrevista completa está no link.
Quem também falou conosco foi o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que também falou sobre a violência contra povos indígenas. Segundo ele, para uma mudança real do cenário, é preciso resolver as demandas relativas às demarcações de terras. A entrevista exclusiva ao Brasil de Fato está aqui.
Aquele lembrete...
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Bom final de semana,
Glauco Faria
Editor chefe do Brasil de Fato
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