Organizações de Direitos Humanos se reuniram hoje, 3, com o chefe da Marinha do Chile, almirante Rodolfo Codina, para pedir a divulgação da lista dos torturadores de presos políticos durante a ditadura no país, entre 1973 e 1990.
Em uma reunião de quase duas horas, as organizações também exigiram um pedido de perdão da instituição.
O secretário-executivo da Anistia Internacional do Chile, Sergio Laurenti, considerou a reunião "muito positiva, muito cordial, muito aberta de ambos os lados".
Laurenti disse que "não houve um acordo final, mas sim o interesse em continuar trabalhando" em cima de um documento que, segundo ele, deverá incluir o reconhecimento formal da Marinha pelos crimes cometidos contra a humanidade e uma lista com os responsáveis que serão julgados por tais.
Além disso, o texto terá de apresentar uma reforma em relação à doutrina de segurança nacional e uma maneira de reparar as vítimas da ditadura.
Laurenti afirmou que haverá uma resposta da Marinha à lista de demandas e que, "embora não tenhamos promessas ou um cronograma definitivo, eu creio que há a vontade de avançar, o que é um passo muito importante".
O chefe da Marinha, por sua vez, comentou que trabalhará junto com as organizações para resolver todos os casos, um a um. A respeito do pedido de perdão, Codina disse que "é algo pessoal", pois "as instituições podem lamentar muitas vezes pelo que aconteceu, mas o perdão deve ser pessoal para que tenha valor".
Fonte:Revista Fórum.
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