O amianto ou asbesto já foi definitivamente banido em 49 países, inclusive em toda União Européia. No Brasil, existem leis estaduais que o proíbem, mas ainda não se conseguiu uma legislação federal que impeça totalmente o uso. A presença das telhas, caixas d’água e outros produtos da Eternit e similares em todo país revela como nos faz falta uma medida definitiva de proteção ambiental e à saúde dos trabalhadores.
No Congresso, há vários projetos visando banir ou controlar o uso de todos os tipo de amianto no Brasil, mas o lobby contrário de alguns segmentos industriais é forte. O STF tem sido questionado sobre a matéria e há possibilidade que venha fazer o que o Congresso não faz - estender a todo país a proibição do amianto.
A luta de movimentos sociais, em particular da associação dos expostos (Abrea) e da rede pelo banimento do amianto na América Latina, liderada por Fernanda Giannasi, engenheira e auditora fiscal do Ministério do Trabalho, tem sido incansável. Essa luta foi intensificada desde a Conferência Eco-1992, mas, enquanto não se toma uma posição firme, continuam a surgir novos casos de asbestose (doença pulmonar crônica e incapacitante causada pelo asbesto), mesotelioma e câncer de pulmão.
Não há limite seguro para a exposição humana a estes minerais. A Organização Mundial da Saúde reconhece que o amianto (ou asbesto), de todas as espécies, inclusive a crisotila (amianto branco) é altamente perigoso. Ao contrário do que a indústria do amianto diz no Brasil, o tipo crisotila é, como todas as fibras do amianto, classificada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), como altamente cancerígenas aos humanos.
Veja o video da Agência Brasil, que mostra um pouco do tema e como age a indústria para adiar o banimento do amianto e confiscar direitos dos trabalhadores.
Fonte:Blog Trabalho Decente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário