O
grande destaque nas primeiras páginas da maioria dos grandes jornais
hoje e nas capas de seus cadernos de economia é o rebaixamento da nota
de crédito da Petrobras feito pela agência de risco Moody’s. Primeiro é o
caso de se perguntar: Moody’s de novo?
Como
e possível uma agência de ratting rebaixar a nota às vésperas da
eleição de uma empresa que cumpre seu plano de investimentos aumenta a
produção e tem hoje três vezes mais reservas do que tinha em tempos
recentes, principalmente durante os 8 anos de tucanato do governo
Fernando Henrique Cardoso?
Rebaixa
pela defasagem do preço interno da gasolina? Mas o preço do óleo caiu
nos mercados! A empresa, no caso a Petrobras, cumpre todos os seus
compromissos, dá garantias sólidas, sua produção aumenta junto com as
reservas, tem seu patrimônio e o apoio do governo soberano seu
acionista majoritário e mesmo assim tem sua nota de crédito rebaixada?
Quem viu o programa eleitoral tucano entendeu o rebaixamento
Mas,
quem assistiu ao programa eleitoral do candidato da oposição à
Presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG) descobriu o
porque disso, a conspiração lesa-pátria articulada entre o tucanato e os
que conspiram permanentemente contra a Petrobras. Deve ser coisa,
conluio do “ministro da Fazenda” dele, Armínio Fraga e uma agência de
risco estrangeira.
A
Petrobras emitiu nota a respeito, lembrete ao mercado e a acionistas,
destacando que a despeito do rebaixamento foi mantido seu grau de
investimento, o certificado que atesta ser ela uma boa pagadora das suas
dividas. A na própria nota em que anuncia o rebaixamento da avaliação
da petrolífera brasileira a Moody’s incluiu uma declaração de
vice-presidente-sênior, Nymia Almeida, em que ela reconhece que “a
Petrobras tem sido relativamente bem-sucedida na execução do seu
programa de capitais ambicioso e cumpriu metas de produção agressivas”,
Alias,
na mesma Folha de S.Paulo hoje, jornal que carnavaliza e dá uma página
inteira para o rebaixamento há mis meia página para uma entrevista de
David Goldwyn, consultor de negócios de petróleo ligado ao Partido
Democrata americano. A entrevista – e o espaço que lhe é concedido – é
para Goldwyn criticar o novo modelo de partilha do petróleo brasileiro e
o conteúdo nacional de 60% por ele estabelecido obrigatório para as
empresas na exploração do petróleo da camada marítima.
Arrumaram um consultor para desancar o pré-sal e a Petrobras
,
a Petrobras e Nunca é demais lembrar que as reservas descobertas e
certificadas da Petrobras, apesar da queda do preço do petróleo, são
mais do que suficientes como garantia da dívida, do cumprimento do plano
de investimentos e do aumento da produção. E são, também, fator de
garantia para os credores. Como, aliás, tudo reconhecido pela própria
Moody’s na declaração de sua vice-presidente-sênior, Nymia Almeida.
Dai
a sensação de que a agência de risco no fundo quer é um aumento do
preço da gasolina num momento de queda do preço do óleo no mundo !!!
Mas, tudo bem ao gosto dos tucanos que sonham, de novo, em privatizar a
Petrobras. Nem é bem que pararam e retomam o sonho agora, é que ficaram
fora do governo nos últimos 12 anos.
E
a Moody’s de novo, a gente perguntou! É porque a agência tem se
prestado a jogos, tramas e especulação do mercado e da oposição. Sempre
que “convocada”, acena com rebaixamento do ratting do país mesmo quando
não é o momento – nessas situações ameaça, “na próxima vez que tivermos
de ver a nota do Brasil…” Além do que a Moody’s é mais uma dessas
agências de risco desmoralizadas, que cometeram erros de avaliação
brutais e foram incapazes de prever em 2008 a eclosão da maior crise
econômica global do último século.
Nenhum comentário:
Postar um comentário