quinta-feira, 9 de outubro de 2014

POLÍTICA - PT em alerta.

O Trabalho: PT em alerta com derrota de Dilma no “cinturão vermelho”


prefeito
Acima, mapa com as prefeituras conquistadas pelo PT em 2012
Da tendência petista O Trabalho, via e-mail
O números do primeiro turno presidencial são conhecidos, Dilma do PT e Aécio do PSDB vão para o 2º turno, dia 26, quando o PT também disputa vários governos estaduais.
É claro que o povo não quer voltar atrás, como disse Dilma na noite do anúncio do resultado. A máscara de Marina já tinha começado a cair, afinal, as mesmas forças sociais e econômicas que sustentam Aécio é que a usavam de escada.
Na ocasião, também agradeceu ao vice Temer, o que soou estranho, pois o PMDB, quando não ajudou muito, atrapalhou bastante fazendo campanha contra na Bahia, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, no Rio ou em Brasília!
Todavia, agora toda energia nas três semanas do 2o Turno deve ser usada para derrotar Aécio.
Uma questão-chave é a urgência da reforma política: quase 8 milhões de brasileiros e brasileiras votaram na semana de 7 de setembro, mais de 97% pelo SIM, no Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana para a reforma política. O próprio PT defende em abaixo-assinado a Constituinte.
Dilma ainda tem os debates do 2º turno, e agora uma oportunidade: nos próximos dias 14 e 15, estarão em Brasília as entidades populares, sindicais e democráticas que, em nome dos 8 milhões, vão entregar aos “três poderes da República”, a exigência das urnas do Plebiscito.
É uma oportunidade para não desperdiçar: ao receber a delegação dos 8 milhões, Dilma, assuma a Constituinte!
Aécio e os reacionários de diferentes plumagens que agora o apoiarão, são contra uma verdadeira reforma política.
Dilma, convoque a base popular e parlamentar a apoiar o decreto-legislativo de Plebiscito oficial da Constituinte. De norte a sul, na cidade e no campo, os militantes explicarão ao povo que a mudança está de fato em jogo nesta eleição, e assegurarão a completa derrota de Aécio!
É o caminho mais curto para a vitória do povo trabalhador. Se Temer não quer, o povo quer!
A palavra está com Dilma!
Outra reflexão vem do primeiro turno: se o povo não quer voltar atrás, quer avanços e mudanças, por que, então, caiu a bancada do PT dos 86 federais eleitos em 2010, para 70 em 2014? Por que os deputados estaduais eleitos pelo PT caíram de 149 em 2010, para 108 em 2010?
E por que a soma da abstenção, brancos e nulos cresceu de 26,7% em 2010, para 29% em 2014, e em especial em São Paulo, o recorde desde 1989 de abstenção, brancos e nulos, somando 37%?
Será que tudo isso – as quedas e a abstenção – não tem a ver com uma certa decepção?
Sim, tanto que no “cinturão vermelho” — Grande São Paulo e periferia da Capital -–, base histórica do partido, Dilma foi derrotada no 1º turno, com incidência nacional. E todos vimos o ataque ao PT crescer na Ação Penal 470 (“mensalão”), nunca respondida pela cúpula do PT. Hoje, 4 dirigentes históricos, alguns dos puxadores de voto em SP, estão presos.
Ora, uma advertência já tinha aparecido nas manifestações de junho de 2013. E se ela pesa contra o PT, é porque justamente do PT no governo que se espera uma satisfação!
O problema volta agora nas eleições. A melhor resposta deu a própria Dilma na época — “para dar mais é preciso mudar as instituições”, e propôs uma Constituinte para uma reforma política.
Ela é fundamental para destravar as reformas paradas no Congresso – o fim do superavit fiscal primário para destinar as verbas aos serviços públicos, a reforma agrária, a reestatização, a desmilitarização das PMs, e assim por diante.
Dilma na época recuou para manter o acordo nacional com o PMDB dentro do “presidencialismo de coalizão”, as tais alianças que, agora, cobram o seu preço, amputando bancadas inteiras do PT nos Estados!
No entanto, esta é a questão fundamental: a reforma política para, pelo menos, estabelecer a proporcionalidade da representação e o voto em lista, para acabar com o Senado oligárquico e o financiamento empresarial.
Senão, o Congresso fica cada vez mais reacionário e pró-imperialista: o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) estima que será “o Congresso mais conservador desde 1964” (OESP, 06/10/14): passa de 220 a 280 parlamentares empresários (+ 27%), 130 para 160 ruralistas (+ 23%), mas os sindicalistas caem de 83 para 46 (- 44%)!
A luta nunca foi fácil para o povo trabalhador, não será agora neste 2º turno. Mas as condições para a vitória de Dilma e dos governadores do PT estão aí!

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