Turismo em Cuba alcança 3,5 milhões de visitantes em 2015
Somente para efeito de comparação, o Brasil recebeu em 2014 (não temos ainda os dados de 2015), ano da Copa do Mundo, 6,4 milhões de turistas. Ocorre que o Brasil tem território 80 vezes maior, cerca de 20 vezes a população e economia 30 vezes superior à da Ilha.
É imensa a curiosidade de saber quais serão as consequências políticas, sociais e econômicas em Cuba — e mesmo nos Estados Unidos — quando o bloqueio for levantado e os norte-americanos tiverem total liberdade de viajar a Cuba.
Entre enormes desafios e após superar o limiar de 3,5 milhões de turistas no ano passado, Cuba encara com renovadas expectativas o turismo em 2016, ano em que se espera um novo recorde de visitantes, especialmente dos Estados Unidos, que se multiplicarão com a iminente chegada de voos regulares e “ferrys”.
A chegada de estadunidenses aumentou em quase 75% em 2015 com relação ao ano anterior, com mais de 147 mil visitantes desse país atraídos por conhecer a “ilha proibida” e amparados pelo alívio das restrições de viagens a Cuba aprovado por Barack Obama, em princípios do ano passado.
Nos quadros do processo de normalização de relações entre ambos os países, não é descartável que em 2016 o Congresso dos Estados Unidos levante a proibição de seus cidadãos viajarem a Cuba como simples turistas, o que, segundo os analistas, poderia implicar numa avalanche de três milhões de viajantes a mais somente no primeiro ano.
Economia
O restabelecimento de voos regulares, suspensos durante décadas, tem sido um dos primeiros acordos do “degelo” e é previsível que se tornem realidade em meados do ano, o que contribuirá a um maior fluxo de viagens dos Estados Unidos a Cuba, opção que por ora só é possível com voos charter.
Numerosas companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines o JetBlue Airways já manifestaram interesse em estabelecer conexão direta com a Ilha quando o acordo entrar em vigor, o que, segundo os cálculos do Departamento de Estado, se traduzirá em 110 novos voos, sendo 20 diários a Havana e 10 ao restante do país.
Em meio deste “boom” de turistas, — que cresceu 17.8 % em 2015 com Canadá, Alemanha, Reino Unido e França como os principais países emissores — Cuba começa o ano em plena temporada de cruzeiros marítimos, que vai de dezembro a abril, em que atracarão na ilha pelo menos 14 navios com um total de 90 escalas.
Isso se traduzirá na chegada nesses cruzeiros de uns 600 mil visitantes, segundo os cálculos do professor da Faculdade de Turismo da Universidade de Havana, José Luis Perelló, entre os que se incluem os 1.750 que chegaram na semana passada no navio MSC Opera, o maior dos que já atracou em Cuba.
Também está previsto que durante 2016 comecem a operar os ‘ferrys’ que conectarão a Ilha com a Florida. Para tanto, há meses os cubanos vêm trabalhando para construir um terminal para essas embarcações capazes de transportar quase mil passageiros cada.
De momento, já possuem licença para oferecer esses serviços as companhias da Flórida: Havana Ferry Partners, Baja Ferries, United Caribbean Lines, Airline Brokers Co, International Port Corp; além da America Cruise Ferries, de Porto Rico e a espanhola Balearia, que estão à espera das permissões exigidas pelas autoridades cubanas.
Ademais dos Estados Unidos, também está em perspectiva o mercado da China, que conta desde dezembro com uma nova conexão aérea direta entre Pequim e Havana, a primeira que busca atrair os turistas dessa região da Ásia ao Caribe.
O aumento prognosticado de visitantes para 2016 levará a uma grande demanda de habitações, atualmente situada em torno de 62 mil, das quais mais de 60% estão sob contrato de comercialização estrangeira e 16% são operadas por empresas mistas.
As autoridades do setor anunciaram planos para ampliar até 85 mil as habitações num prazo de 4 anos, incluídas cerca de 13.600 previstas para abrir em “polos de sol e praia” durante 2016.
A rede francesa Accor Hotels, o maior grupo hoteleiro da Europa e da América Latina, prevê inaugurar em 2018 o hotel de luxo Sofitel Sol La Habana, que será erguido na emblemática esquina de Prado e Malecón da capital cubana.
A infraestrutura estatal se somará ao que o economista cubano Juan Triana denominou a “a segunda rede” hoteleira da Ilha, hoje com mais de 21 mil habitações alugadas por particulares, bem como 2,7 mil restaurantes privados, negócios que além de proporcionar empregos, pagam impostos ao governo.
A “indústria sem fumaça” do turismo que alavancou, por exemplo, o vertiginoso crescimento econômico da Espanha em todos os setores após a redemocratização, será a alavanca do crescimento de Cuba também?
É imensa a curiosidade de saber quais serão as consequências políticas, sociais e econômicas em Cuba — e mesmo nos Estados Unidos — quando o bloqueio for levantado e os norte-americanos tiverem total liberdade de viajar a Cuba.
Entre enormes desafios e após superar o limiar de 3,5 milhões de turistas no ano passado, Cuba encara com renovadas expectativas o turismo em 2016, ano em que se espera um novo recorde de visitantes, especialmente dos Estados Unidos, que se multiplicarão com a iminente chegada de voos regulares e “ferrys”.
A chegada de estadunidenses aumentou em quase 75% em 2015 com relação ao ano anterior, com mais de 147 mil visitantes desse país atraídos por conhecer a “ilha proibida” e amparados pelo alívio das restrições de viagens a Cuba aprovado por Barack Obama, em princípios do ano passado.
Nos quadros do processo de normalização de relações entre ambos os países, não é descartável que em 2016 o Congresso dos Estados Unidos levante a proibição de seus cidadãos viajarem a Cuba como simples turistas, o que, segundo os analistas, poderia implicar numa avalanche de três milhões de viajantes a mais somente no primeiro ano.
Economia
O restabelecimento de voos regulares, suspensos durante décadas, tem sido um dos primeiros acordos do “degelo” e é previsível que se tornem realidade em meados do ano, o que contribuirá a um maior fluxo de viagens dos Estados Unidos a Cuba, opção que por ora só é possível com voos charter.
Numerosas companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines o JetBlue Airways já manifestaram interesse em estabelecer conexão direta com a Ilha quando o acordo entrar em vigor, o que, segundo os cálculos do Departamento de Estado, se traduzirá em 110 novos voos, sendo 20 diários a Havana e 10 ao restante do país.
Em meio deste “boom” de turistas, — que cresceu 17.8 % em 2015 com Canadá, Alemanha, Reino Unido e França como os principais países emissores — Cuba começa o ano em plena temporada de cruzeiros marítimos, que vai de dezembro a abril, em que atracarão na ilha pelo menos 14 navios com um total de 90 escalas.
Isso se traduzirá na chegada nesses cruzeiros de uns 600 mil visitantes, segundo os cálculos do professor da Faculdade de Turismo da Universidade de Havana, José Luis Perelló, entre os que se incluem os 1.750 que chegaram na semana passada no navio MSC Opera, o maior dos que já atracou em Cuba.
Também está previsto que durante 2016 comecem a operar os ‘ferrys’ que conectarão a Ilha com a Florida. Para tanto, há meses os cubanos vêm trabalhando para construir um terminal para essas embarcações capazes de transportar quase mil passageiros cada.
De momento, já possuem licença para oferecer esses serviços as companhias da Flórida: Havana Ferry Partners, Baja Ferries, United Caribbean Lines, Airline Brokers Co, International Port Corp; além da America Cruise Ferries, de Porto Rico e a espanhola Balearia, que estão à espera das permissões exigidas pelas autoridades cubanas.
Ademais dos Estados Unidos, também está em perspectiva o mercado da China, que conta desde dezembro com uma nova conexão aérea direta entre Pequim e Havana, a primeira que busca atrair os turistas dessa região da Ásia ao Caribe.
O aumento prognosticado de visitantes para 2016 levará a uma grande demanda de habitações, atualmente situada em torno de 62 mil, das quais mais de 60% estão sob contrato de comercialização estrangeira e 16% são operadas por empresas mistas.
As autoridades do setor anunciaram planos para ampliar até 85 mil as habitações num prazo de 4 anos, incluídas cerca de 13.600 previstas para abrir em “polos de sol e praia” durante 2016.
A rede francesa Accor Hotels, o maior grupo hoteleiro da Europa e da América Latina, prevê inaugurar em 2018 o hotel de luxo Sofitel Sol La Habana, que será erguido na emblemática esquina de Prado e Malecón da capital cubana.
A infraestrutura estatal se somará ao que o economista cubano Juan Triana denominou a “a segunda rede” hoteleira da Ilha, hoje com mais de 21 mil habitações alugadas por particulares, bem como 2,7 mil restaurantes privados, negócios que além de proporcionar empregos, pagam impostos ao governo.
A “indústria sem fumaça” do turismo que alavancou, por exemplo, o vertiginoso crescimento econômico da Espanha em todos os setores após a redemocratização, será a alavanca do crescimento de Cuba também?
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