As mulheres ganham menos e ascendem mais raramente a cargos de chefiaAs mulheres ganham em média menos 17% do que os homens e só uma em cada 40 mulheres pode vir a ocupar um cargo de chefia, ao contrário dos homens, em que a relação é de um para oito. O relatório das Nações Unidas divulgado esta quinta-feira mostra também a importância das quotas no aumento de mulheres nos parlamentos nacionais de todo o mundo, representando agora 20% dos deputados.
O relatório Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM, na sigla inglesa), mostra que as mulheres continuam a ganhar menos do que os homens (a diferença é de 17%) e que os cargos de chefia são na sua esmagadora maioria ocupados pelo sexo masculino. Além disso, 60 por cento dos trabalhadores não remunerados em todo o mundo são mulheres.
Mas as desigualdades começam logo no acesso à educação: das 72 milhões de crianças que se estimava não frequentarem a escola em 2005, 57 por cento eram do sexo feminino.
Há outros dados preocupantes: a violência sexual atinge entre 10 e 60 por cento de todas as mulheres, mas, em média, só um em cada dez agressores é condenado; mais de meio milhão de mulheres morrem todos os anos durante a gravidez ou no momento do parto, sendo que mais de 90 por cento destas mortes evitáveis ocorrem nos países em vias de desenvolvimento.
O relatório mostra também que 20 por cento dos deputados nos parlamentos nacionais de todo o mundo são mulheres, número que aumentou 8% na última década. Para a ONU, as quotas "são uma forma comprovadamente eficaz de assegurar o progresso", dado que 18 dos 22 países que atingiram 30 por cento ou mais de deputadas nos seus parlamentos nacionais instituíram aquela medida.
Em matéria de cargos políticos, o número de mulheres atinge os 19,3 por cento nos países com quotas, mais 4,6 pontos percentuais do que nos estados que não estabeleceram medidas de discriminação positiva, independentemente do sistema eleitoral em vigor.
Fonte:Blog Esquerda.net
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