sábado, 14 de julho de 2012

PETROBRAS - Ameaça de greve.

Para a força de trabalho que "põe a mão na massa"a empresa quer reduzir em 7,8% a participação nos lucros e resultados. Já para quem vive de renda, quer dar um aumento de 2,3% em relação ao que foi pago em 2010.


Funcionários da Petrobras iniciaram nesta sexta-feira, 13, assembleias para decidir se haverá greve a partir de 20 de julho. O motivo da insatisfação é que até o momento a Petrobras não divulgou nova proposta aos seus empregados para a Participação nos Lucros e Resultados de 2011 (PLR 2011).
O coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antônio de Moraes, disse que os trabalhadores não concordam com a redução da PLR 2011 enquanto houver expansão de dividendos aos acionistas.
“Nós continuamos sem entender por que o montante dos dividendos dos acionistas foi elevado em 2,3% em relação ao que foi pago em 2010 e o da PLR dos trabalhadores foi reduzido em 7,8%. Queremos um tratamento igual”, disse Moraes.
O prazo dado pela FUP (que possui 14 sindicatos filiados) para que a Petrobras apresentasse a proposta terminou ontem.
Trabalhadores da Bahia e do Rio Grande do Norte já decidiram que, se até o dia 20 não houver uma nova proposta, vão paralisar as atividades.
Graça Foster, presidente da estatal, e José Eduardo Dutra, diretor corporativo e de serviços, se reuniram com cinco diretores da FUP para conversar sobre as cobranças dos funcionários. Durante uma hora e meia os sindicalistas defenderam suas posições e ouviram as explicações de Graça.
Manifestações já estão ocorrendo no Terminal de Paranaguá (Paraná), no Terminal de Suape (Pernambuco) e em Minas Gerais, na usina de biodiesel de Montes Claros. No Espírito Santo, houve mobilização na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC). Na Bahia os funcionários protestaram atrasando os ônibus que levavam os trabalhadores para as unidades de Salvador.
Graça Foster afirmou que a estatal pretende se reunir mais uma vez com os sindicalistas para conversar sobre a proposta no dia 17 de julho. “A gente nunca tem um último dia de conversa com o trabalhador, jamais. Com o trabalhador a gente sempre tem mais uma conversa. O que a gente busca sempre é um entendimento entre as partes”, disse a presidente da estatal em entrevista após cerimônia de batismo da plataforma P-59, em Maragojipe, na Bahia.
Foster não disse se haverá a apresentação de uma nova proposta. Segundo a presidente, atualmente o diretor responsável pelas negociações com os trabalhadores é José Eduardo Dutra, diretor corporativo e de serviços.

Nenhum comentário: