terça-feira, 21 de outubro de 2014

PETROBRAS - Petroleiro que se preze, não pode votar no PSDB.

Sindipetro-LP declara voto em Dilma, contra a volta do PSDB ao poder‏


O Brasil passa por mais uma eleição acirrada, quase como duas torcidas de futebol rivais numa final de campeonato. A comparação com um jogo cabe bem ao ano que estamos, poucos meses depois de uma Copa do Mundo, que mostrou, entre outras coisas, os gastos desenfreados dos Governos para preparar o país para os visitantes.


Litoral Paulista, 17 de outubro 2014
Também foi neste ano que a violência e a intolerância tiveram maior espaço na mídia e nas conversas do dia a dia: Crimes hediondos, narcotráfico, linchamentos, preconceito, corrupção e truculência do Estado contra as massas organizadas, manifestações e protestos.
Desde as ações de junho de 2013, quando a população foi às ruas demonstrar descontentamento com os governos, torcemos para que neste ano os resultados nas eleições fossem diferentes, mas não foram.
Com raríssimas exceções de mudanças nos governos, estamos às vésperas do segundo turno presidencial com a clássica formação PT X PSDB. Em anos passados diríamos que é a esquerda comunista contra a direita das oligarquias, mas essa definição não cabe mais a ambos, em partes.
As pesquisas eleitoreiras mostram empate técnico entre os candidatos Aécio e Dilma, enquanto que a rejeição às propostas política pós junho 2013 só aumentam. Prova disso foram os 29% de eleitores que se abstiveram ou votaram em branco ou nulo no primeiro turno (19% abstenções, 4% de votos brancos e 6% de votos nulos). Um percentual que diz muito sobre a insatisfação dos eleitores com a escolha dos representantes do povo.
Para o Sindipetro-LP, o PSDB foi massacrante para a classe trabalhadora, em especial para os petroleiros, que tiveram que enfrentar- literalmente - canhões do exército para garantirem seus direitos, prometidos por Itamar e negados por Fernando Henrique Cardoso. Foram 32 dias de greve nas refinarias de todo país e 33 em nossa base. Foi também no governo do PSDB que as privatizações venderam tesouros do país a preço de banana. As manobras contra a Petrobrás chegou ao cúmulo de proporem a mudança do nome da empresa para Petrobrax, numa “tentativa” de internacionalizar a marca. Desde que o monopólio do petróleo foi quebrado a situação para a categoria petroleira só piorou.
Em 1999, FHC substituiu diretores da Petrobrás no Conselho de Administração (CA) por conselheiros do setor privado, representantes do sistema financeiro internacional, ficando o CA com nove membros externos. Partiu do CA a decisão por uma economia forçada na empresa, cortando promoções e até despesas com papel higiênico, uma cena feita para mostrar para a população que a companhia passava por crise financeira, o que a incapacitava de administrar novos negócios, como o pré-sal.
Também foi no governo do PSDB que foi elaborada a Lei, aprovada no Congresso, que contraria a Constituição, dando a propriedade do petróleo a quem o produz (Lei 9478/97).
Com essa lei, a participação da União na produção de petróleo passou para 10 e 40%, enquanto que no mundo os países exportadores recebem a média de 84% de participação e os da OPEP, 90%.
Se para algumas pessoas esses fatos tenham ficado no passado, um dos planos de governo de Aécio Neves mais divulgado em sua campanha mostra que a intenção dos tucanos continua sendo espoliar matéria prima do Brasil em benefício dos países imperialistas. Aécio propões dar ao Banco Central maior autonomia operacional, desvinculando a instituição do poder do Executivo, o que, em tese, acabaria com o uso político da autarquia, aumentando ou diminuindo taxa de juros de acordo com interesse do governo. A proposta vai contra o conceito de democracia, e delegaria plenos poderes a entidade, sem a influência do governo eleito pelo povo.
Tivemos e temos muitas críticas contra o governo do PT na era Lula e na da atual presidente, Dilma, como as terceirizações, leilões do petróleo e políticas que mantêm os aposentados e pensionistas com perdas na renda, mas ainda é possível diálogo com este governo.
Aécio demonstra autoritarismo e poder de mídia muito além da manipulação de fatos, mas também controle e censura de veículos e de pessoas que tem opinião contrária ao seu jeito de governar.
Dilma, embora muitas vezes mal assessorada e com alianças que depõe contra seus ideais políticos, tem um histórico de luta contra o sistema ditatório, do qual Aécio é fruto.
Declaramos voto a Dilma, contra o PSDB e esperando que o governo passe a fazer política que beneficie o trabalhador brasileiro, dando-lhe devido valor, qualificação, melhor qualidade de vida, segurança, transporte e saúde.
Fonte: Sindipetro Litoral Paulista

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