O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu na quarta-feira (22) manter a Taxa Selic em 13,75%. E o Brasil permanece como o país com maior taxa de juros do mundo.
No comunicado emitido, o comitê avisou ainda que vai avaliar “se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.” Ou seja, não garantiu que não teremos novos aumentos nas próximas reuniões.
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva vem reclamando há muito tempo da taxa estratosférica e na própria quarta-feira, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, também endossou as críticas. Segundo ele, "não tem país no mundo que pratique juros tão altos como o Brasil. Não tem razão econômica”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se disse “preocupado” com a decisão, refletindo os efeitos de uma situação inédita, já que pela primeira vez um presidente não tem diretores do BC indicados por ele.
Para um cidadão comum, o impacto mais direto dessa Taxa Selic nas alturas se vê na sua conta bancária. No ano passado, 77,9% das famílias estavam endividadas, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o maior percentual já registrado na série histórica. Além disso, na prática, a taxa básica de juros acaba freando qualquer possibilidade de recuperação mais efetiva da economia.
Pressão contra o Novo Ensino Médio
E nesta semana, professores de pelo menos 14 capitais brasileiras saíram às ruas em luta pela aplicação do piso nacional da categoria. Embora tenha sido aprovado em 2008, o piso ainda não é cumprido por todos os estados e municípios.
Os educadores defenderam também a revogação do Novo Ensino Médio, que muita gente ouviu falar, mas poucos sabem o que é.
Se você tem dúvidas e ainda não entendeu como funciona e quais são todos os impactos negativos do chamado NEM, a gente te ajuda a entender aqui.
Tarcísio de Freitas caindo na real
E o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas teve diante de si nesta quinta-feira (23) a greve dos metroviários. Os trabalhadores pararam por conta de demandas não atendidas pela companhia, entre elas, o abono salarial em relação ao período trabalhado na pandemia.
E a condução do governo paulista em relação a greve foi digna de uma daquelas comédias da Sessão da Tarde, só que não teve graça nenhuma. Primeiro, foi anunciado um acordo entre os trabalhadores e o governo de SP para liberar as catracas. Mas o próprio Metrô entrou na Justiça para derrubar aquilo que anunciou.
Em nota, os metroviários disseram que o governador mostrou-se “um homem sem palavra”. “Assumiu publicamente que iria liberar as catracas para a população. Mas, ao mesmo tempo, acionou a Justiça para impedir as catracas livres.”
A juíza Eliane Aparecida da Silva Pedroso, do TRT, foi ainda mais assertiva ao dizer que a companhia praticou conduta antissindical. Ao anunciar que abriria as catracas pra depois entrar com o mandado de segurança pra impedir a abertura, o Metrô, segundo a juíza, "expôs não apenas e gravemente os trabalhadores, mas a população".
E sempre que tem greve em algum serviço público vem o pessoal do "privatiza que resolve". O problema é que é exatamente a concessão de linhas para a iniciativa privada que retira os investimentos necessários para as linhas que não foram privatizadas, já que existe uma enorme transferência de recursos públicos para as concessionárias privadas.
Quer saber como a privatização do Metrô drena recursos que poderiam melhorar o serviço do Estado? Vem com a gente.
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