sábado, 6 de setembro de 2008

SAÚDE - Cientistas testam vacina universal contra agripe.

Técnica deve permitir imunização contra todas as variedades do vírus.

Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, estão testanto uma vacina que pode ser capaz de oferecer proteção contra todas as variações do vírus da gripe, incluindo a gripe aviária.

O novo tipo de imunização está sendo aplicado experimentalmente em voluntários na Grã-Bretanha e pode acabar com a necessidade de se produzir anualmente novas vacinas contra variações do vírus.

Segundo os pesquisadores, a vacina ataca proteínas que ficam na parte interna do vírus da gripe e que raramente se modificam.

De acordo com Sarah Gilbert, uma das líderes da pesquisa, as vacinas tradicionais são desenvolvidas para estimular uma resposta imunológica contra as proteínas H e N, que ficam na parte externa do vírus.

Estas proteínas, no entanto, são suscetíveis a mutações, o que faz com que a vacina precise ser renovada todos os anos.

Por isso, os pesquisadores desenvolveram uma vacina baseada nas proteínas que ficam na parte interna do vírus, que sofrem pouca mutações.

Para criar uma resposta imunológica a elas, a vacina contém uma amostra enfraquecida do vírus da varíola, que carrega as proteínas para dentro do corpo do paciente.

Uma vez que entra no corpo, a amostra revela estas proteínas ao sistema imunológico, que fica preparado assim para destrui-las nas próximas vezes que identificá-las.

Estoques

Segundo Sarah Gilbert, se obtiver sucesso, a pesquisa pode mudar dramaticamente o modo como vacinas contra a gripe são utilizadas.

"Praticamente todos poderiam ser imunizados, em uma situação parecida com o que temos hoje com o sarampo", diz.

Em uma situação de pandemia, estoques de vacina poderiam ser produzidos com antecedência. Hoje, é necessário identificar a variedade do vírus antes de se desenvolver a vacina contra ele.

Com o novo sistema de imunização, uma vez que tenha recebido a vacina, a pessoa terá que tomar outra dose somente em 10 anos.

A cientista, no entanto, considera que serão necessários mais cinco ou dez anos de testes antes que as pesquisas sejam concluídas.
Fonte: BBC Brasil.

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